Nesta quinta-feira (21), estima-se que cerca de um milhão de argentinos manifestaram seu desagrado nas principais cidades do país, empunhando tachos e panelas em protesto contra um amplo decreto anunciado na noite de ontem pelo recém-instaurado governo ultraliberal de Javier Milei, visando reformas econômicas.
O protesto ganhou força após Milei assinar um decreto abrangente que incorpora mais de 300 medidas destinadas a eliminar regulamentações econômicas, incluindo a revogação de normas trabalhistas, leis de controle de preços e estímulos à atividade industrial.
Embora sujeita à aprovação parlamentar, a norma presidencial foi contestada por vários especialistas que a consideram inconstitucional. Destacaram que as mudanças propostas deveriam ser implementadas por meio de leis aprovadas pelo Congresso, e não por decretos. Além dos possíveis obstáculos no Parlamento, há a possibilidade de rejeição pela Justiça, o que inviabilizaria sua aplicação.
Em um contexto de crise econômica acentuada, os primeiros protestos eclodiram em Buenos Aires na noite de quarta-feira (20), poucos dias após a posse de Milei, que já havia desvalorizado a moeda em 54%, intensificando ainda mais a inflação já elevada.
AGORA: Protestos contra o presidente da Argentina, Javier Milei, e medidas econômicas que elevam preços de alimentos e transportes, ocorrem em diversas cidades do país. Estima-se que o número de manifestantes nas ruas esteja próximo de 1 milhão. pic.twitter.com/4ljyP1vXMg — Renato Souza (@reporterenato) December 22, 2023 “>
7 y 50, La Plata, Cacerolazo!! pic.twitter.com/CJKdh6oIOV — Naty Maldini (@MaldiniNaty) December 22, 2023 “>
AHORA — Arrepentidos de Milei (@ArrepentidosLLA) December 22, 2023 “>
Acoyte y Rivadavia. Empieza a llegar gente de nuevo para otro cacerolazo. El pueblo no tiene tiempo para esperar a la CGTpic.twitter.com/d6WJpG2mKM
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Reprodução.