Home Política As eleições serão realizadas’, diz Mourão em entrevista após fala de Bolsonaro

As eleições serão realizadas’, diz Mourão em entrevista após fala de Bolsonaro

12 de julho de 2021, 11h36 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O vice-presidente Hamilton Mourao (PRTB), afirmou, na manhã desta segunda-feira, 12, que as eleições ocorrerão no próximo ano com ou sem a aprovação do voto impresso. O militar é contra a abertura de um processo de impeachment.

A declaração foi dada à CNN. Na fala, Mourão garantiu que “As eleições serão realizadas”, e refutou qualquer hipótese de não realização do pleito nacional.

Ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, o general da reserva seguiu a mesma linha. “Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil. Mas eleição vai haver, eu garanto”, ressaltou o vice-presidente.

O posicionamento do vice-presidente da República é o inverso do Chefe do Poder Executivo Jair Bolsonaro (sem partido), que acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – na última sexta-feira, 9, – de integrar um esquema de fraudes. “Corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, ameaçou Bolsonaro.

A declaração do presidente gerou reações tanto no Judiciário como no Executivo. Em resposta a Bolsonaro, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, garantiu também o pleito de 2022.

Mourão foi questionado sobre uma futura mudança no sistema de governo brasileiro, sugerido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ele explicou que ainda não se debruçou sobre o assunto e que, “portanto, não tenho opinião formada”.

O semipresidencialismo mescla elementos do parlamentarismo e do presidencialismo. Neste modelo, há um presidente- geralmente eleito diretamente pelo povo – e um primeiro-ministro – eleito indiretamente, pelo parlamento – dividindo funções no Poder Executivo. A gestão de demandas internas e o comando do governo caberia ao primeiro-ministro.

A adoção do regime semipresidencialista também não conta com apoio entre dirigentes da oposição, para os quais a aprovação da mudança limitaria a atuação, em uma reeleição, de um eventual novo presidente eleito em 2022.

Com Agência
Foto: Adnilton Farias/Flickr

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário