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Autora de vídeo fake de caixão com pedras pede desculpas Mulher que acusava autoridades de enterrar pedras e pedaços de pau no lugar de supostas vítimas da Covid-19, teve celular apreendido para perícia.

6 de maio de 2020, 21h55 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A mulher que divulgou um vídeo com informações falsas dizendo que caixões com vítimas da Covid-19 em Belo Horizonte estariam cheios de pedras, prestou depoimento nesta quarta-feira (6) e teve o celular apreendido para ser periciado. A suspeita resolveu aparecer, por meio de seu advogado Valdete Pereira Zanco se identificou, reconheceu ter errado e se desculpou pelo ocorrido.

“Ela havia visto no Facebook um fato ocorrido em Belo Horizonte no qual caixões com pedras e pedaços de madeira haviam sido desenterrados. Na data da gravação do vídeo, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade”, explicou o advogado Alexsander Ribeiro, em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira (5).

Segundo a Polícia Civil, uma equipe de policiais da 4ª Delegacia de Polícia Civil Centro de Belo Horizonte foi até a cidade de Campanha, no Sul de Minas, onde ela mora, para localizar e identificar formalmente Valdete Zanco, a autora do vídeo. Depois de levada à delegacia da cidade para prestar o depoimento, ela ainda fez um vídeo para se retratar. As investigações continuam.

No dia anterios, a Polícia Civil havia pedido ajuda à população para encontrar a mulher e afirmado que ela pode pegar até nove anos de prisão e, ainda, pagar uma multa pelos crimes de calúnia e difamação contra autoridade pública e pela contravenção penal por provocar tumulto ou pânico.
Veja a íntegra da nota

“Venho à público esclarecer a respeito do vídeo gravado pela minha cliente Valdete Zanco e que repercute nas redes sociais. Ela havia visto na rede social denominada Facebook um fato ocorrido no Município de Belo Horizonte/MG, do qual caixões haviam sido desenterrados e localizado em seu interior, pedras e pedaços de madeira. Na data da gravação, no interior da loja onde trabalha, ela recebeu um cliente que coincidentemente fez os mesmos comentários, o que a fez julgar o ocorrido como verdade.

Quero deixar claro que o vídeo foi postado unicamente em um grupo de WhatsApp de família, tanto que início o vídeo chama a atenção de um certo Hernandes, sendo este irmão da minha cliente. Com o vazamento do vídeo do grupo de família, ele chegou a ser compartilhado em um canal de Youtube, colaborando assim pela propagação. Desconhecemos a forma como o vídeo ganhou notoriedade nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação.

Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu . Gostaria ainda de frisar que minha cliente já se apresentou na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Jacutinga/MG na data de 04/05/2020, onde fora lavrada a ocorrência, e deixado registrado o incidente, contribuindo com a justiça e para que essa seja promovida”.

Foto: Redes Sociais/Reprodução

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