A oposição formada por partidos de esquerda tem se mostrado menos resistentes à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara dos Deputados.
O PT que tem 54 deputados, está no bloco com Rodrigo Maia , mas também quer apresentar um nome próprio para a disputa.
Mesmo sem ainda ter anunciado o seu sucessor, Maia conseguiu reunir no final de semana uma frente que reúne de 11 partidos. Batizado de União da democracia e da liberdade, o consórcio abriga legendas de centro, direita e esquerda: DEM, PSDB, MDB, Cidadania, PSL, PT, PCdoB, PDT, PSB, Rede e PV.
As costuras com os deputados do PDT, PSB e PCdoB – que participaram da reunião para compor o bloco de apoio ao candidato de Maia – devem apoiar Baleia Rossi para evitar que a candidatura de Fábio Ramalho (MDB-MG) se torne viável.
Ramalho participou da última eleição para a presidência da Casa, em 2019, ele recebeu 66 votos. Mesmo não estando entre os mais competitivos, Ramalho pode tirar votos do bloco do candidato apoiado por Rodrigo Maia, caso mantenha a candidatura. Dessa forma, abrindo caminho para Arthur Lira (PP-AL).
A defesa da oposição é somar o máximo de votos possíveis em uma frente contra Arthur Lira.
A esquerda quer definir até está quarta-feira (23) o nome que vai encabeçar o bloco. O movimento é para evitar que o PT coloque um candidato na disputa.
A oposição definiu em uma “carta-compromisso” que vai apoiar um candidato que proteja “a democracia” e as “instituições contra os ataques autoritários” de Bolsonaro, assim como o engavetamento de projetos antidemocráticos.
Estamos reunidos, neste momento, com líderes da esquerda, do centro democrático fechando o acordo para votarmos juntos o texto do Fundeb que veio do Senado. pic.twitter.com/jLpbwnv4WI
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) December 17, 2020
Até tu
O apresentador Luciano Huck usou suas redes sociais na segunda-feira (21) para elogiar um artigo que é dito que a “esquerda acerta ao apoiar Maia” nas eleições para a presidência da Câmara dos deputados.
“A esquerda brasileira tem diferenças legítimas com o centro e a direita. Os últimos cinco anos, em especial, causaram feridas profundas, que vão exigir tempo e diálogo para cicatrizar”, diz o artigo endossado por Huck escrito pelo autor Celso Rocha de Barros.
Veja o tuíte de Luciano Huck:
Neste momento em que Brasil precisa reforçar o diálogo, é bom ver gente q pensa diferente, q enxerga um futuro melhor para o país por lentes diversas, sentados na mesma mesa, construindo uma agenda comum de defesa da democracia e da liberdade. Bem colocado por @NPTO na @folha. pic.twitter.com/16KZ5VpJdZ
— Luciano Huck (@LucianoHuck) December 21, 2020
Foto: Poder 360