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Belo Horizonte e mais 7 capitais podem suspender aplicação da 2ª dose da CoronaVac Imunização comprometida se dá pela falta de estoque que compromete o esquema vacinal contra a Covid-19; Ministro da Saúde afirma que problema é resultado de decisão de seu antecessor, Pazuello.

3 de maio de 2021, 09h22 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

A segunda dose da CoronaVac (Butantan/Sinovac) – que tem um prazo para ser aplicada, não ocorrerá em pelo menos oito capitais brasileiras.

Segundo os municípios, a suspensão se dá devido as mudanças na orientação do Ministério da Saúde que ocasionaram a falta do imunizante contra a covid-19.

Um O levantamento feito pelo portal G1, mostra trajetória que levou a falta da vacina, nas oito capitais brasileiras e por conta disso ate ontem a suspensão e a aplicação da segunda dose contra a covid-19.

São elas:

  1. Aracaju – processo interrompido por falta de estoque;
  2. Belo Horizonte — processo interrompido por falta de doses;
  3. Campo Grande – processo interrompido por falta de doses;
  4. Fortaleza – lote entregue neste sábado (1º) não é suficiente;
  5. Porto Alegre – processo interrompido por falta de estoque;
  6. Porto Velho – até a chegada de nova remessa, prevista para os próximos dias, também não há expectativa de retomar a aplicação da vacina;
  7. Recife – aplicação suspensa até 9 de maio por falta de estoque (recomeça em 10 de maio);

Em Salvador, o processo não foi totalmente interrompido, mas há escalonamento: só receberão a segunda dose da CoronaVac, por enquanto, aqueles que deveriam ter tomado a vacina nos dias 29 e 30 de abril. No estado de São Paulo, a aplicação da 2ª dose da CoronaVac está suspensa em ao menos dez cidades, segundo um levantamento feito pela GloboNews no domingo.

Grande parte das Secretarias Municipais de Saúde seguiram a orientação do governo federal e “não guardou as segundas doses do imunizante para esse público”. Com isso, a situação é crítica e atinge as prefeituras.

Na capital mineira, não há injeções para completar o esquema vacinal dos idosos de 64 a 67 anos. Na semana passada, a prefeitura se dedicou a imunizar os idosos maiores de 89 e de 68, 69 e 70.

O Ministério da Saúde tem feito ajustes com mudanças frequentes sobre as orientações e sobre a vacina contra covid-19. Em fevereiro deste ano, o então ministro da pasta, Eduardo Pazuello, orientou os municípios a usar todo o estoque de vacina. No entanto, dias depois, a pasta fez uma nova orientação e pediu que as prefeituras reservassem a segunda dose da CoronaVac.

Em março, uma nova orientação do Ministério da Saúde que autorizou que as cidades usassem todas as vacinas armazenadas para segunda dose como primeira dose.

Com essa última orientação, vários municípios acabaram zerando seus estoques.

Ao G1, o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou em planejamento errado, culpando o seu antecessor pelo problema.

O atraso “decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose”, disse ele ao portal. “Logo que houver a entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado”, disse.

O problema nas capitais e em diversas outras cidades brasileiras acontece pela falta de entrega dos laboratórios.
 
BH imunizou parte dos idosos após desobedecer Ministério da Saúde

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) falou do falta de entrega dos laboratórios na semana passada. Em transmissão ao vivo na última sexta (30), ele disse que desobedeceu ao Ministério da Saúde e, por isso, a capital mineira conseguiu imunizar parte dos idosos na semana passada.
 
“O que o Brasil todo gostaria é uma liderança confiável. Se eu tivesse obedecido a ordem que me foi dada, eu não teria segunda dose”, disse o chefe do Executivo municipal.
 
Segundo ele, a indicação do Ministério da Saúde era para aplicar os “lotes 7 e 8” da vacina inteiramente, vacinando outras pessoas com a primeira dose.
 

“Essa coordenação nos leva à insegurança total. Um desgaste emocional muito grande, do próprio prefeito. Um desgaste emocional do comerciante, que também sofre”, afirmou.

Apesar disso, a prefeitura não tem mais imunizantes para aplicar naqueles entre 64 e 67.

Segunda dose deve ser tomada mesmo fora do prazo

Em nota técnica divulgada na terça-feira (27), o Ministério da Saúde orientou a população a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo que a aplicação ocorra depois do prazo recomendado pelos laboratórios.

Segundo o documento, é “improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal”.

No entanto, a pasta ressalta que os atrasos devem ser evitados, já que “não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose”.

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

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