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BH amplia a flexibilização e lojas de calçados e distribuidoras de bebidas poderão abrir a partir desta segunda-feira Confira os novos tipos de estabelecimento que poderão voltar a funcionar na próxima 2ª.

5 de junho de 2020, 17h14 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A Prefeitura de Belo Horizonte, com base em orientações do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19, vai começar a segunda etapa de flexibilização na capital mineira a partir desta segunda-feira (8). De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado, esta etapa do processo de reabertura do comércio (Fase 2) fará com que 92% dos empregos de BH estejam ativos.

O decreto com as atividades autorizadas a reabrir na próxima semana será publicado na edição deste sábado, dia 6, do Diário Oficial do Município. Seguindo o mesmo padrão adotado na fase anterior, o novo decreto também estabelece faixas de horário de funcionamento indicadas para as novas atividades reabertas, para manter equilíbrio e a segurança no transporte público coletivo durante o processo de reabertura.

Neste novo passo no processo de reabertura do comércio poderão funcionar os seguintes tipos de estabelecimento: lojas de artigos esportivos, de decoração, calçados, artigos de viagens, bebidas (sem consumo local), joalherias, bebidas, bijuteria, floriculturas, instrumentos musicais e tabacarias.

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, que coordena o comitê de médicos anunciou nesta sexta-feira (5), na coletiva de imprensa, melhora nos dados utilizados pela prefeitura para autorizar novas fases da abertura. O índice de transmissão atualmente é de 1,07, contra 1,24 na semana passada. A utilização de leitos, no entanto, subiu, e é hoje de 64% para unidades de terapia intensiva e 49% para leitos de enfermaria. Os índices anteriores eram, respectivamente, de 52% e 43%.

Ainda segundo o secretário, o que possibilitou o anúncio da nova abertura foi uma folga que ainda existe na utilização de leitos e a queda no índice de transmissão. “Achamos que valia a pena correr o risco. Nos preocupamos com as pessoas que estão sem trabalhar”, afirmou.

Apesar da ampliação do processo de reabertura, Machado insistiu que é necessário manter os cuidados e seguir as regras de isolamento e distanciamento social.

“Flexibilizar significa, sim, uma exposição maior ao vírus. É importante que as pessoas continuem sem sair, a não ser para o essencial. É importante que as pessoas usem máscara. É importante que as pessoas higienizem as mãos com água e sabão ou com álcool gel”, afirmou.

“Sair, agora, é compra programada. Se eu preciso de um sapato, vou lá e compro um sapato. Não vou sair passeando, olhando camisa ou outras coisas”, disse.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (5) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), Belo Horizonte registra 2.305 casos de coronavírus. Desses, 58 evoluíram para óbitos.

São 539 casos e dez mortes a mais do que na última sexta-feira (29), quando a prefeitura vetou a ampliação no processo de reabertura do comércio.

O início da reabertura da capital mineira começou na segunda-feira, 25 de maio, com a autorização do comitê de médicos da prefeitura para volta de livrarias, salões de beleza e os chamados shoppings populares. A decisão foi a primeira de uma série previstas para serem anunciadas pela prefeitura semanalmente, dependendo de três critérios: o porcentual potencial de transmissão do vírus entre os moradores da cidade e a disponibilidade de leitos de UTI e de enfermagem. Com a piora desses dados na véspera do dia 1, quando estava prevista a segunda fase da reabertura, o governo municipal recuou e não autorizou o funcionamento de outros setores do comércio.

De acordo com o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Beato, esse processo será feito em quatro etapas.

Lockdown: nível máximo de fechamento, cogitado caso haja piora expressiva nos indicadores epidemiológicos de BH;

Fase 0: cenário atual, implementado em 18 de março, em que apenas comércios essenciais podiam funcionar;

Fase 1: cenário implementado em 25 de maio, com reabertura de salões de beleza (exceto clínicas de estética), shoppings populares e comércios varejistas;

Fase 2: cenário que se iniciará na próxima segunda-feira (8);

Fase 3: cenário com maior abertura que a etapa anterior. Será implementado caso os índices epidemiológicos e estruturais sejam favoráveis;

Fase 4: cenário de reabertura máxima do comércio, que só será implementado caso os índices epidemiológicos e estruturais sejam favoráveis.

Foto: Breno Pataro/PBH

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