A capital mineira experimentou nessa sexta-feira, dia 26, um salve-se quem puder por conta da falta de combustível que desde ontem começou a faltar na cidade.
Como governador Romeu Zema se recusando a baixar o ICMS que incide sobre os combustíveis, a bola sobrou para o presidente Bolsonaro que na semana passada mandou que os postos afixassem pra todo mundo ver que os impostos federais são menores que os estaduais. E Zema pagou o pato. Ele os demais governadores, que a culpa não é só dele, até porque – e Bolsonaro não contou – que esses impostos são estabelecidos através do Confaz, órgão que reúne os secretários de fazenda do Estado, sob a coordenação do ministério da Economia, e lá fica estabelecido o preço que cada Estado deve cobrar.
De forma que a população foi pega de surpresa com a falta de transporte das distribuidoras para os postos de abastecimento nessa sexta-feira, a despeito da carreata que os caminhoneiros fizeram ontem na Cidade Administrativa para sensibilizar o governador. De nada adiantou. E hoje os postos amanheceram praticamente desabastecidos. E olha que o problema do belorizontino só aumenta porque se não tem gasolina não tem também vacina contra o coronavírus, porque o governo federal, que deveria abastecer os Estados e os Estados às cidades, não está fazendo o seu papel. O prefeito Kalil ontem botou a boca no mundo reclamando que a prefeitura tem dinheiro, mas que as vacinas praticamente acabaram no país inteiro. BH terá um triste de semana chuvoso, sem gasolina e sem vacina contra o vírus que já matou mais de 250 mil brasileiros.
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