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Bia Kicis reduz resistências e fica mais próxima de presidir a CCJ Será vitória dos bolsonaristas - Comissão é a mais importante.

4 de março de 2021, 08h52 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Poder 360

A deputada Bia Kicis (PSL-DF) conseguiu reduzir as resistências ao seu nome na disputa pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Câmara. Ela deverá ser eleita para o cargo, em uma vitória política dos bolsonaristas.

Kicis integra a parte do PSL que se manteve fiel a Jair Bolsonaro quando o partido rachou. A outra parte é próxima do presidente da sigla, Luciano Bivar.

Ela é investigada no inquérito das fake news, que corre no STF (Supremo Tribunal Federal). Também teve notoriedade ao ensinar um “truque” para burlar o uso de máscara na pandemia.

De início, era tida por colegas como radical demais para presidir o colegiado. Deputados tinham receio de que colocá-la no comando da principal comissão da Casa desagradasse ao Supremo. A resistência começou a baixar depois do caso de Daniel Silveira (PSL-RJ), principalmente.

Ele foi preso depois de publicar vídeo em que proferia insultos contra ministros do STF. Silveira se tornou o principal deputado associado a atos radicais. Bia Kicis, pelo contraste, passou a ter imagem menos extremista.

Além disso, ela se manteve discreta durante a discussão da detenção de Silveira. Outros bolsonaristas foram mais incisivos que ela na defesa do colega.

As presidências das comissões da Câmara são divididas proporcionalmente ao tamanho de blocos e partidos com representação na Casa. Os presidentes são eleitos, mas os candidatos precisam ser das agremiações que escolheram cada colegiado.

Coube ao PSL indicar o presidente da CCJ, comissão sobre a qual teve o controle em 2019 –em 2020 os colegiados não funcionaram. A comissão analisa todos os projetos que, depois, são votados no plenário. Salvo excessões como os deliberados em regime de urgência, que dispensa comissões.

O presidente do PSL, Luciano Bivar, topou entregar a bolsonaristas a liderança da bancada e a indicação da CCJ. Em troca, foi ele mesmo alçado à 1ª Secretaria da Câmara.

Os partidos de esquerda tendem a continuar contra Bia Kicis. Sozinhos, porém, não têm como barrar a eleição. Os partidos do grupo político de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, deverão em sua maioria consentir com a eleição da deputada.

As comissões devem ser instaladas nos próximos dias. Em 2020, não funcionaram por causa da pandemia. A Câmara instalou um regime de trabalho que visava a reduzir a circulação de pessoas na Casa.

Foto: Sérgio Lima/Poder360

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