Por DCM
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma declaração durante uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da CBS, alertando que seria um “grande erro” se Israel ocupasse novamente Gaza em meio ao conflito com o grupo militante Hamas.
Biden foi questionado sobre seu posicionamento em relação à ocupação israelense de Gaza durante esse momento do conflito, que tem visto intensos bombardeios israelenses na região e a perspectiva de uma ofensiva terrestre iminente.
“Eu acho que seria um grande erro”, afirmou o mandatário.
Biden deu sua opinião sobre o Hamas:
“O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é que o Hamas e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino. E eu acredito que seria um erro para Israel ocupar Gaza novamente. Mas entrar e eliminar os extremistas – o Hezbollah ao norte e o Hamas ao sul – é uma necessidade”, acrescentou.
Israel retirou sua presença militar e assentamentos de dentro de Gaza em 2005, que havia sido controlada pela Autoridade Palestina após os acordos de Oslo em 1995.
O Hamas assumiu o controle de Gaza após a retirada israelense e não houve eleições no território desde então.
As Forças Armadas israelenses lançaram uma contraofensiva contra o Hamas após um ataque fatal a Israel, resultando em uma escalada do conflito que já matou milhares de pessoas em Israel e Gaza.
O governo israelense solicitou que um milhão de pessoas em Gaza evacuassem para o sul do país.
As autoridades dos Estados Unidos estão trabalhando para ajudar os cidadãos americanos que desejam sair da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, embora até o momento, nenhum americano tenha conseguido sair, de acordo com as informações disponíveis.
Questionado sobre o futuro político de Gaza e se o Hamas deve ser completamente eliminado, Biden disse: “Sim, eu acredito. Mas deve haver uma Autoridade Palestina. Deve haver um caminho para um estado palestino”, respondeu.
Biden acredita que Israel reconhece que uma parte significativa do povo palestino não compartilha das visões do Hamas e do Hezbollah, mas, diante dos recentes eventos, não espera que a busca por uma solução de dois estados avance imediatamente.
Foto: Reprodução