Por O Tempo
O “Black Lives Matter”, que luta contra o racismo nos Estados Unidos, se manifestou sobre a morte de João Alberto Silveira Freitas, negro de 40 anos que foi espancado até a morte em Porto Alegre. O movimento americano apoiou os protestos que ocorreram ontem no Brasil e criticaram o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que negou a existência de racismo no país.
Na publicação, o movimento colocou uma imagem que convoca pessoas do mundo inteiro a boicotar o supermercado onde aconteceram as agressões. Os movimentos negros estão pedindo esse boicote mundial da rede com nacionalidade francesa, que possui lojas no mundo todo. A manifestação é reforçada, agora, pelo “”Black Lives Matter”, organização que ganhou força após a morte de George Floyd nos Estados Unidos.
We stand in solidarity with the folks protesting in Brazil after João Alberto Silveira Freitas, a 40 year old Black man, was murdered by Carrefour supermarket security, one being an off duty temporary military police officer. #VidasNegrasImportam #DiadaConscienciaNegra pic.twitter.com/ybLZg6MhdW
— Movement 4 Black Lives (@Mvmnt4BlkLives) November 21, 2020
“Somos solidários às pessoas que protestam no Brasil depois que João Alberto Silveira Freitas, negro de 40 anos, foi assassinado por seguranças do supermercado Carrefour, sendo um deles um policial militar temporário de folga. João foi brutalmente atacado em 19 de novembro, apenas um dia antes do Dia da Consciência Negra no Brasil”, relatou o movimento
O movimento não deixou escapar a fala, durante uma entrevista, do vice-presidente Hamilton Mourão sobre o assassinato em Porto Alegre dizendo que não existe racismo no Brasil e que estariam querendo importar para o país.
O BLM declarou: “O vice-presidente do Brasil diz que ‘racismo não existe no Brasil. Isso é algo que eles querem importar aqui’. Não aceitamos a resposta do vice-presidente nem o Carrefour”, manifestou o movimento.
Ainda, o movimento explicou que o caso precisa ser tratado como consequência do racismo estrutural. “Não aceitamos que as responsabilidades se concentrem em ações individuais, não naqueles que criam e mantêm estruturas racistas. Isso é inaceitável. Isso é perigoso. É por isso que devemos nos juntar às chamadas do Brasil. Estamos aqui para defender a justiça”, concluiu.
Hamilton Mourão ainda não se pronunciou sobre a critica feita pelo movimento anti-racista.
Foto: Sergio Lima/AFP