Por Metrópoles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso respondeu, sem citar nomes, observações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã desta terça-feira (2/7). Bolsonaro disse que Barroso interferiu politicamente no Congresso para rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso.
Na publicação em uma rede social, Barroso enfatizou que foi à Casa em três ocasiões e, em todas elas, por meio de convites oficiais.
Mentir precisa voltar a ser errado de novo. Compareci à Câmara dos Deputados, como presidente do TSE, para debater o voto impresso, atendendo a TRÊS CONVITES OFICIAIS. E foi a própria Câmara que derrotou a proposta de retrocesso. Mas sempre haverá maus perdedores.
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) August 2, 2022
Mais cedo, durante entrevista à Rádio Guaíba, de Porto Alegre, Bolsonaro disse: “Ninguém quer dar golpe. Ninguém quer: ‘Ah, não vai ter eleição’. Nós queremos é transparência”, argumentou.
“No ano passado o Congresso ia aprovar o voto impresso numa PEC. O que o Barroso fez? Ele era presidente do TSE. Foi dentro do Parlamento, nem tentou fazer escondido, foi para dentro do Parlamento, reuniu-se com uma dezena de líderes e no dia seguinte vários líderes trocaram os integrantes da comissão de modo que eles votaram contra a PEC do voto impresso”, pontuou o chefe do Executivo.
O mandatário ainda disparou, chamando o magistrado de mentiroso: “Tu é um mentiroso, um mentiroso. É interferência direta. É uma interferência política, isso é um crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, disparou o chefe do Executivo federal.
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles