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Bolsonaro diz que secretário da Secom, Fabio Wajngarten fica Reportagem da Folha revelou que Fabio Wajngarten recebe dinheiro de emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pelo governo. Oposição pede afastamento imediato dele da direção da Secom.

16 de janeiro de 2020, 15h56 | Por Lena Alves

by Lena Alves

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu nesta quinta-feira (16), a permanência do secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República ( Secom ), Fabio Wajngarten.

Segundo o presidente, o que foi analisado até agora “está tudo legal” com Wajngarten e que ele irá continuar no cargo.

Na saída do Palácio da Alvorada Bolsonaro se irritou com à imprensa e disse que não iria responder sobre a questão em um questionado se Wajngarten deveria deixar o cargo.

– Se for ilegal, a gente vê lá na frente. O que eu vi até agora, está tudo legal com o Fabio. Vai continuar. É um excelente profissional. Se fosse um porcaria igual alguns que tem por aí, ninguém estaria criticando ele.

Reportagem publicada ontem (15), pela Folha de S.Paulo mostrou que Wajngarten, mesmo depois de assumir a Secom, mantinha sociedade principal da FW Comunicação e Marketing – agência de publicidade que tem contratos com pelo menos cinco empresas que recebem verbas do governo.

Caso o benefício indevido for comprovado, o ato pode se caracterizar como improbidade administrativa, podendo levar a perda do cargo.

O desfecho da denúncia do jornal ao gestor da Secom, pode resultar em um depoimento na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado.

A legislação, proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões, prática conhecida como conflito de interesses.

Mesmo com o aval do presidente para sua permanência na pasta, o futuro de Wajngarten como chefe da Secom pode ter outros desdobramentos, já que a oposição, tem cobrado explicações.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ontem  em suas redes sociais, que medidas devem ser tomadas diante do caso Wajngarten. Ele  afirmou  ainda que um requerimento será protocolado para que  Wajngarten preste esclarecimentos na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. Ele disse também que vai protocolar uma notícia crime contra o publicitário na Procuradoria-geral da República (PGR).

O Psol entrou  hoje  com um pedido na Justiça do Distrito Federal solicitando o afastamento imediato de Fabio Wajngarten como chefe da Secom.

Com: Agências e o Globo
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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