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Bolsonaro diz que vai ‘entregar’ terroristas que estão no Brasil Segundo presidente da República, essa é a forma de colaborar com o combate ao terrorismo.

6 de janeiro de 2020, 14h15 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) disse nesta segunda-feira (6), que o Brasil vai “entregar” terroristas que estiverem no país. Segundo ele, essa é a forma de colaborar com o combate ao terrorismo.

Em nota após o ataque dos Estados Unidos que matou o general iraniano, Qassem Soleimani o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que o Brasil está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.

Questionado se o Brasil também poderia enviar tropas para eventual combate, o presidente respondeu: “Não, que tropas? Não vou discutir esse assunto contigo. Se tiver terrorista no Brasil, vai ser entregue. Não interessa a nacionalidade”.

O presidente também afirmou que houve uma reunião em São Paulo, no domingo, de apoiadores do Irã no conflito contra os EUA. Bolsonaro não deu detalhes da suposta reunião. “Não vou falar nada. Tenho informações mas não vou falar. Está em análise. As informações têm de ser processadas, ou melhor, os informes”, disse.

Bolsonaro disse que o Brasil já tem colaborado com a extradição de terroristas. Ele citou o caso de Cesare Battisti. Também disse que deixaram o Brasil antes de sua posse supostos terroristas que estavam infiltrados entre médicos cubanos, do programa Mais Médicos.

“Assim como os cubanos, médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia entregar os caras. Um montão de terrorista no meio deles. Fazendo aparelhos aqui no lugares mais pobres do Brasil. Essa ‘esquerdalha’ começa nos lugares mais pobres. São pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política”, disse o presidente.

Filha do general

A filha do general iraniano Qassem Soleimani afirmou nesta segunda-feira (6) que a morte de seu pai “trará dias mais escuros” para os Estados Unidos e Israel. A declaração foi dada diante de uma multidão em Teerã, capital do Irã, durante o funeral do militar que foi assassinado em um ataque de drones americanos em Bagdá (Iraque).

Zeinab Soleimani, filha do general iraniano Qassem Soleimani, fala durante funeral do seu pai na Universidade de Teerã, capital do Irã, nesta segunda-feira (6) — Foto: Escritório de Ali Khamenei/ AFP

Segundo agências internacionais, o discurso foi perto da Universidade de Teerã, Zeinab Soleimani e reuniu multidões.

“Trump, seu jogador compulsivo, seu plano maligno de causar separação entre o Iraque e o Irã com seu erro estratégico de assassinar Qasem Soleimani e Abu Mahdi Al-Muhandis [líder da milícia iraquiana] falhou e só causou unidade histórica entre as duas nações e provocou seu ódio eterno pelos Estados Unidos “, disse Zeinab.

Por: Estadão Conteúdo
Com: Agências Internacionais
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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