Por CNN
Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dominam 86% do interesse de buscas a presidenciáveis no Google desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto deste ano, até esta quinta-feira (29), de acordo com dados do Google Trends. Bolsonaro tenta se reeleger, enquanto Lula pretende voltar ao Palácio do Planalto.
A porcentagem significa que, no período, 86 em cada 100 buscas por um nome de candidato à Presidência foram sobre Bolsonaro ou Lula. Bolsonaro responde por 49% desses interesses, enquanto Lula por 37%.
Os dados apontam que os presidenciáveis da chamada terceira via –alternativa a Bolsonaro e Lula– não conseguiram atrair o interesse maciço dos internautas na plataforma, inclusive para conhecê-los. Juntos, representam 14% do interesse.
Ciro Gomes (PDT) conta com 6%; Simone Tebet (MDB), com 4%; Soraya Thronicke (União Brasil), com 2%; Felipe D`Avila (Novo), com 1%; e Padre Kelmon (PTB) também com 1%.
Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) não chegaram a 1% do interesse de buscas no Google.
No início da campanha eleitoral, as equipes dos candidatos da terceira via tinham a expectativa de que as pessoas buscassem conhecer melhor os presidenciáveis mais desconhecidos. Embora Simone Tebet e Soraya Thronicke tenham se tornado mais populares desde agosto, início da propaganda eleitoral, por exemplo, as buscas por ambas não dispararam em momento algum.
Ciro, Simone e Soraya tiveram picos de buscas por seus nomes quando participaram de sabatinas e de debates na televisão, em especial no fim de agosto. No entanto, não houve uma alta constante da procura.
Nenhum candidato da terceira via conseguiu passar os 10% em pesquisas de intenção de voto. A maioria, na verdade, não conseguiu nem chegar aos 5%.
É importante destacar que os dados do Google Trends não representam intenções de voto nem são pesquisas eleitorais.
Estados com mais e com menos buscas
Jair Bolsonaro é o candidato a presidente mais buscado em todos os estados do país. Os estados que mais buscaram por seu nome desde o início da campanha são Acre, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os que menos buscaram seu nome são Mato Grosso, Ceará, Maranhão, Roraima e Sergipe.
Quanto a Lula, os que mais buscaram por ele são Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco e Tocantins. Os que menos buscaram são Mato Grosso do Sul, Acre, Rio Grande do Sul, Paraná e Rondônia.
Os outros três principais candidatos à Presidência foram mais buscados nos estados em que construíram as carreiras políticas. Ciro Gomes no Ceará. Simone Tebet e Soraya Thronicke no Mato Grosso do Sul. Confira:
Ciro Gomes
Maior interesse de busca: Ceará, Paraíba, Piauí, Roraima e Sergipe
Menor interesse de busca: Minas Gerais, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre.
Simone Tebet
Maior interesse de busca: Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Amazonas e Paraíba
Menor interesse de busca: Acre, Alagoas, Ceará, Rondônia e Maranhão.
Soraya Thronicke
Maior interesse de busca: Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro
Menor interesse de busca: Amapá, Acre, Alagoas, Ceará e Sergipe.
PT domina mais de 50% do interesse por partidos de presidenciáveis
Em relação a buscas por partidos dos presidenciáveis, o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, domina o interesse dos internautas no Google, com 54% do total de interesses desde o início da campanha eleitoral, mostra o Google Trends. Ou seja, mais da metade dos internautas que buscaram por um partido de um candidato à Presidência no Google procurou pelo PT.
Em seguida, vem o Partido Liberal (PL) –partido de Bolsonaro– com 18%.
Portanto, PT e PL concentram 72% das buscas por partidos dos candidatos a presidente. Isso significa que, desde o início da campanha eleitoral, 72 em cada 100 pesquisas por partidos dos candidatos a presidente citam PT ou PL.
Em terceiro lugar, vem o Novo com 9%. Os demais partidos dos presidenciáveis atraíram ainda menos interesse de buscas: PDT (7%), MDB (7%), PTB (3%), PSTU (1%), UP (1%), União Brasil (0%), DC (0%) e PCB (0%).
Foto: Reprodução/Band