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Bolsonaro prevê agravamento da crise dos combustíveis Presidente afirmou que persistência da guerra entre Rússia e Ucrânia fará o mundo todo sofrer, e disse querer "abrir" a Petrobras

2 de junho de 2022, 15h29 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (2/6), que o governo está tentando “abrir a Petrobras”, sem fornecer mais detalhes. O jornal O Estado de S. Paulo publicou hoje que o Planalto está discutindo com lideranças aliadas do Congresso Nacional o envio de projeto de lei para quebrar o controle estatal sobre a Transpetro, braço da Petrobras que opera terminais e dutos.

Bolsonaro citou a guerra entre a Rússia e a Ucrânia para prever que a crise dos combustíveis deve se agravar no Brasil e no resto do mundo:

“A União Europeia decidiu não importar mais petróleo da Rússia. Os Estados Unidos tentaram há pouco tempo importar petróleo da Venezuela, do Maduro. O americano falou que não vai aumentar a sua produção de petróleo. O Brasil não tem como aumentar a dele. Em consequência, a crise dos combustíveis deve se agravar, tá? No mundo todo. Se fosse só aqui podiam me culpar, mas é no mundo todo”.

“O [Michel] Temer fez a tal da PPI. O preço com paridade internacional. Mudamos o ministro das Minas e Energia, e estamos tentando aí abrir a Petrobras, tá?”, prosseguiu. A segunda troca em menos de 40 dias no comando da pasta, que passou das mãos do almirante Bento Albuquerque para as do economista Adolfo Sachsida, ocorreu no início de maio, após críticas do presidente à política de preços da Petrobras.

As declarações de Bolsonaro foram dadas em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. O vídeo foi compartilhado por um canal no YouTube simpático ao presidente.

Em outro momento da conversa, Bolsonaro culpou o PT pela não construção de refinarias no país, que poderiam reduzir a importação de diesel, segundo ele.

“E outra coisa: problema que nós temos é que nós importamos diesel e gasolina, porque três refinarias começaram a ser feitas pelo PT, se consumiu quase R$ 100 bilhões e não se fez nada. A Dilma comprou lá fora a refinaria de Pasadena, que era obviamente para produzir gasolina e diesel, e era sucata. Então, nós importamos diesel de alguns países do mundo, o que encarece o preço aqui dentro.”

Integrantes do governo analisam diversas propostas com potencial para reduzir os preços dos combustíveis, que têm gerado grande pressão sobre o presidente e ameaçado sua tentativa de reeleição ao cargo.

Entre esses projetos, está o que fixa um teto de 17% para alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis, energia elétrica, gás, telecomunicações e transportes. O texto foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e ainda precisará passar pela análise do Senado Federal.

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

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