Foi publicada na manhã desta segunda-feira (4), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a indicação de Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Esta é a segunda nomeação do presidente Jair Bolsonaro após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, suspender a indicação de Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Souza não tem atuado na corporação, e está, temporariamente, designado para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), onde é secretário de Planejamento e braço direito de Alexandre Ramagem.
Desde o último dia 24, o cargo de diretor-geral da Polícia Federal tem gerado grande polêmica com a exoneração do então diretor-geral Maurício Valeixo. A demissão causou o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que em seu discurso de saída, acusou o presidente de interferência política na PF.
Na semana passada, durante a posse de Mendonça como novo ministro da Justiça no lugar de Sergio Moro, Bolsonaro afirmou que seria um “sonho” ter Ramagem, amigo de Carlos Bolsonaro, no comando da Polícia Federal. “Creio ser essa uma posição honrada ao senhor Ramagem [comando da PF]. Tenho certeza que esse sonho é meu, mais dele, e brevemente se concretizará para o bem da nossa polícia federal e do nosso Brasil”, disse na ocasião.
Ainda na mesma semana, a nomeação de Ramagem foi suspensa pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que aceitou um pedido de mandado de segurança do PDT contra a posse.
Sem Ramagem, Bolsonaro escolheu então Rolando Alexandre de Souza para o que pode ser um mandato-tampão na PF, até que a liminar do STF contrária à escolha de Ramagem seja derrubada – essa, pelo menos, é a intenção do presidente da República.
Foto: Reprodução/Diário da Grande Recife