Entrevistado no programa “O Brasil precisa saber“, via YouTube, neste sábado (19/12), o presidente presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi questionado pelo entrevistador, o próprio filho 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), se o ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve, em algum momento, próximo de deixar o governo. “A imprensa vira e mexe tenta balançá-lo”, disse Eduardo.
Por Metrópole
Na resposta, Bolsonaro garantiu: “Guedes falou para mim que vai sair comigo quando acabar o meu mandato”.
“Lógico que a gente vê que, de vez em quando, ele [Guedes] fica irritado, porque certas medidas dependem de votações. Eu sei como funciona o parlamento e ele ainda está aprendendo. Então ele quer resolver e fica chateado. Mas no tocante a sair, não”, ressaltou.
O filho 03 relembrou que, à época da saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro do governo, o governador de São Paulo, João Doria, teria ligado para Guedes tentando convencê-lo a também deixar a Economia. “Uma manobra um tanto quanto rasteira”, acrescentou.
Um dos principais alvos da conversa entre Bolsonaro e o filho foi a imprensa, à qual o presidente acusou de criticá-lo por não poder apontar corrupção em seu governo. E lançou um desafio: “Me chama de corrupto, porra“.
“Não tem mais grana mole prá vocês, acabou a teta”, provocou.
Bolsonaro ainda disse, fazendo mistério, que “no ano que vem tem mais surpresa para vocês”. “O povo tem que saber a verdade. A imprensa que não escreve a verdade acaba se distinguindo por si só”, fustigou. Ele ressaltou que jamais tentou controlar a imprensa brasileira e disse que quem tentou o controle social da mídia foi o PT. “Que vocês admiravam”. O presidente afirmou que o Partido dos Trabalhadores controlava a imprensa “com grana”.
“As estatais e bancos oficiais cansaram de dar dinheiro pra vocês. Acabou a mamata. Continuem escrevendo mentiras e besteiras aí. O fim de vocês está próximo, porque o povo não aguenta mais vocês”, arrematou.
O canal “O Brasil precisa saber” se coloca como uma antítese à imprensa tradicional. “Uma imprensa canalha, que não vale nada”, atacou o presidente. “Que só faz propagar fake news. Mentem descaradamente”. Aos apoiadores, disse: “Não leiam esse lixo”.
Pandemia no fim
Na entrevista ao 03, no dia em que o Brasil contabilizou 186.205 óbitos e 7.200.708 casos de Covid-19, o presidente voltou a minimizar os dados e disse que a “pandemia realmente está chegando ao fim”. Segundo ele, os números “têm mostrado isso aí”, embora levantamento da Universidade John Hopkins indiquem que houve 18,65 milhões de novos casos no mundo em novembro, o maior número registrado em um período de 30 dias desde o início da pandemia.
Para Bolsonaro o que está ocorrendo no Brasil, onde o número de casos da doença também tem crescido, é uma “pequena ascenção, que chamam de pequeno repique, que pode acontecer”.
Mesmo a os números mostrando o contrário do que diz o presidente, ele reafirmou que a pressa em se ter uma vacina não se justifica, pois, ele acrescentou, isso mexe com a vida das pessoas. “Vão inocular algo em você. O seu sistema imunológico pode reagir, ainda de forma imprevista”, observou.
Foto: Reprodução Youtube
Fonte: Metrópole