No dia em que o País registra recorde de 474 mortes em um dia, chegando a 5.017 mortes por Covid-19, Jair Bolsonaro reage com piada. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse ele. Dados do Ministério da Saúde desta terça-feira (19) mostram que subiu para 5.017 o número de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil. Com isso, o país ultrapassou a China, que registra oficialmente 4.643.
Ao ser questionado sobre esse aumento, Jair Bolsonaro afirmou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse ele fazendo um trocadilho com o seu nome, Jair Messias Bolsonaro, com um personagem bíblico.
Sobre a ação movida pelo jornal O Estado de S. Paulo, que ganhou liminar exigindo que Bolsonaro apresente em 48 horas (sob pena de multa de R$ 5 mil) “o laudo de todos os exames” dele de teste de coronavírus.
“Daqui a pouco vão querer saber se eu sou virgem ou não. Dá positivo ou não? Se nós dois [presidente e o repórter] estivermos com Aids, a lei nos garante o anonimato. Da minha parte, não tem problema nenhum em mostrar, mas quero ter o direito de não mostrar”, disse.
O presidente também voltou a bater na tecla da economia, afirmando, mais uma vez, que a consequência do coronavírus será o desemprego, caso o comércio não reabra. Além disso, Bolsonaro falou sobre a situação dos cadastros em análise para o auxílio emergencial de R$ 600 que, segundo ele, deve impactar as contas públicas em R$ 100 bilhões.
“(O impacto) Deve chegar na casa de R$ 100 bilhões. Pesa para a gente, mas essa conta terá que ser paga lá na frente. Demos dinheiro a quem não tinha voz, que são os informais. Demos espaço para eles. A Caixa fez milagre, praticamente, conseguindo criar contas em tempo recorde. Algumas pessoas reclamam que estão ‘em análise’. Tem os critérios”, concluiu.
Foto TV Globo/Reprodução