O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta sexta-feira (30) que aposta na vitória em segundo turno de Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio de Janeiro, e Celso Russomanno (Republicanos), em São Paulo. Entretanto, disse que o apoio que dará aos dois candidatos será apenas nas redes sociais, sem viagens para participar da campanha.
O presidente chegou a se encontrar com Crivella na manhã desta sexta-feira (30) no Palácio da Alvorada, onde gravou vídeo de apoio ao atual prefeito do Rio, que está em disputa pela reeleição. O presidente também conversou, por telefone, com Russomanno.
Bolsonaro deixou Brasília nesta sexta e viajou para São Paulo. Ao chegar à capital paulista, encontrou Russomanno e fez fotos ao lado do candidato do Republicanos. Ele deve passar o fim de semana no Guarujá, litoral paulista. Nesta viagem, está previsto um encontro do presidente com o candidato à Prefeitura de Santos, Ivan Sartori (PSD).
Em Belo Horizonte, Bolsonaro declarou apoio a Bruno Engler, que está em terceiro nas pesquisas, com 3% das intenções de voto – o atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD), segue líder isolado, com 63% das intenções de voto segundo levantamento do Ibope e deve vencer em primeiro turno. Em segundo aparece o deputado estadual João Vitor Xavier (Cidadania), com 8%, empatado tecnicamente com Áurea Carolina (Psol).
2º turno
Os candidatos apoiados pelo presidente não estão nas cabeças das pesquisas. Bolsonaro acredita que essa situação se reverta no 2º turno, tanto no Rio, como em São Paulo.
“Ele (Crivella) está em segundo na pesquisa lá. Mas a gente vai ter 2º turno no Rio, como em São Paulo. A gente vai ganhar nos dois municípios”, apostou o presidente.
Bolsonaro ainda comparou os municípios brasileiros à células do corpo humano. “Eu comparo os município do Brasil como as células do corpo humano. Quanto mais células boas, melhor é para o corpo todo que é o Brasil”, disse aos apoiadores. “Além de atender os municípios, a gente tem que se cercar de boas células, preocupadas com os valores familiares, sempre respeitando a religião de cada um”.
Para ele, a desvantagem de Crivella se deve ao que chamou de “ataques” da imprensa, especialmente de “uma rede funerária de televisão aí”, referindo-se às denúncias dos chamados “guardiões do Crivella”, pessoas pagas com recursos públicos para constranger usuários das unidades de saúde do Rio de Janeiro a falar bem do atendimento.
Essa reportagem foi exibida pela TV Globo. “Ele foi muito atacado por uma rede funerária de televisão aí, que bateu muito nele, assim como eu sou o tempo todo (atacado).
Pouco empenho
Bolsonaro tem sido criticado pelo pouco empenho em ajudar nas campanhas de aliados seus nos municípios. Na transmissão ao vivo que fez na última quinta-feira (29/10), a recomendação de voto em Crivella soou displicente.
O presidente se dedicou mais a pedir votos para seu filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos) que luta para se reeleger vereador pela capital fluminense e na hora de falar de Crivella, adotou o tom de deixar a escolha para quem ainda não tem candidato.
“Que não tenha muita polêmica, não. Se não quiser votar nele, fique tranquilo. Não vamos brigar entre nós por causa disso aí porque eu respeito os seus candidatos também”, finalizou.
Com informações do Metórpoles.
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