O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após ser submetido a uma cirurgia no domingo (13/4) para tratar uma obstrução intestinal. Segundo o boletim médico divulgado na manhã deste sábado (18/4), o ex-presidente apresentou uma alteração temporária da pressão arterial, mas o quadro já foi normalizado.
O documento esclarece ainda que Bolsonaro, devido à ausência de movimentos intestinais eficazes, permanece em jejum oral e recebe nutrição parenteral exclusiva. A programação médica para o dia é intensificar a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação. O boletim reforça que as visitas continuam proibidas e não há previsão para sua alta da UTI.
Assinam o boletim os médicos responsáveis: Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica; Leandro Echenique, cardiologista; Antônio Aurélio de Paiva Fagundes Júnior, coordenador da UTI do Hospital DF Star; Brasil Caiado, cardiologista; Guilherme Meyer, diretor médico da unidade; e Allisson Barcelos Borges, diretor-geral do hospital.
Entenda a obstrução intestinal
A obstrução intestinal ocorre quando há um bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos através do intestino. Essa condição pode ser provocada por diversas causas, incluindo tumores, hérnias, inflamações, intoxicações ou pela formação de aderências intestinais (bridas).
Entre os principais sintomas estão o inchaço abdominal, constipação, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e cólicas abdominais. No caso de Bolsonaro, a obstrução está relacionada às cirurgias realizadas após o atentado sofrido em 2018, o que favorece o desenvolvimento de bridas intestinais.
A cirurgia de 12 horas realizada no ex-presidente teve como objetivo remover as aderências intestinais e reconstruir parte da parede abdominal, uma intervenção comum em pacientes que passaram por cirurgias abdominais anteriores, já que essas alterações podem gerar dor, obstruções e outros sintomas.
Apesar de uma evolução positiva no quadro de saúde, o hospital confirmou que Bolsonaro continuará em monitoramento intensivo, sem previsão para deixar a UTI. Desde o atentado de 2018, o ex-presidente passou por uma série de procedimentos médicos relacionados ao sistema digestivo.
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