O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, na manhã desta segunda-feira (5), a indicação do juiz Kassio Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Diante de algumas críticas que tem recebido de parte dos apoiadores, Bolsonaro puxou o assunto sobre a indicação com simpatizantes nos jardins do Palácio da Alvorada. “Tem muita crítica pra minha indicação pro Supremo aí ou não?“, questionou, dirigindo-se às pessoas que o aguardavam.
“Indicar pro Supremo é igual escalar seleção brasileira, todo mundo tem seu nome, e aquele que não entrou o nome dele, ele reclama, e começa a acusar esse cara de tudo. Esse mesmo pessoal que, no passado, queria que eu botasse o Moro, né?”, reclamou.
O chefe do Executivo defendeu a escolha das “acusações de ser comunista” por uma suposta relação com o Partido dos Trabalhadores (PT), devido ao fato de a esposa de Marques já ter trabalhado em gabinetes de senadores petistas.
“Acusam ele de comunista: ele trabalhou com o PT. O Tarcísio trabalhou também com o PT. Parece que o ministro da Defesa também trabalhou com o PT. Um montão de militar aqui serviu no governo do PT. Olha, aquele cara ali [aponta] foi ajudante de ordens da Dilma e do Lula, e aí, vou pegar esse cara e falar que não pode mais ser do Exército?”, questiona.
O mandatário contou, também, que tomou café, hoje, com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e que devem sancionar amanhã as mudanças no Código de Trânsito. “Eu tomei café, aqui, com Maia. Estou errado? Quem faz a pauta na Câmara?”.
“Talvez amanhã eu vá sancionar com ele e com o Alcolumbre (Davi Alcolumbre, presidente do Senado) a mudança no Código de Trânsito, que aumenta a validade da carteira”, anunciou.
Uma das mudanças aumenta para até 10 anos o prazo máximo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e prevê elevação, ainda, no número de pontos.
Foto: PR/Alan Santos