Nas últimas 24 horas foram registradas 1.262 mortes provocadas por Covid-19 no Brasil. Com isso, de acordo com os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde, o país contabiliza o total de 31.199 óbitos devido à infecção pelo novo coronavírus. O balanço do Ministério também trouxe 28.936 novas pessoas infectadas, totalizando 555.383. O resultado marcou um acréscimo de 5,4% em relação a ontem (1º), quando o número de pessoas infectadas estava em 526.447.
Com esse número, foi registrado um novo recorde de notificações de óbitos num só dia. Até então, o maior número de mortes em 24 horas registrado no balanço de casos havia ocorrido em 22 de maio, com 1.188 mortes.
O resultado representou um aumento de 4,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 29.937 falecimentos por covid-19.
Em geral, aos domingos e segundas os números são menores em razão das limitações de alimentação do banco de dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana e são maiores às terças-feiras pelo acúmulo de registros dos dias anteriores.
Do total de casos confirmados, 300.546 estão em acompanhamento e 223.638 foram recuperados. Há ainda 4.312 óbitos sendo analisados.
De acordo com o mapa global da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, com esta contagem, o Brasil se junta a outros três países que ultrapassaram a triste marca dos 30 mil mortos. Está ao lado da Itália (33.530)– que já foi o epicentro da doença na Europa–, do Reino Unido (39.452) com uma das taxas de morte mais aceleradas do mundo e dos Estados Unidos que contam mais de 106 mil baixas.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (7.994). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (5.686), Ceará (3.421), Pará (3.040) e Pernambuco (2.933).
Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (2.102), Maranhão (997), Bahia (736), Espírito Santo (664), Alagoas (482), Paraíba (379), Rio Grande do Norte (341), Minas Gerais (289), Rio Grande do Sul (245), Amapá (237), Paraná (199), Distrito Federal (177), Piauí (180), Rondônia (172), Sergipe (172), Santa Catarina (148), Acre (165), Goiás (151), Roraima (120), Tocantins (79), Mato Grosso (70) e Mato Grosso do Sul (20).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (118.7556), Rio de Janeiro (47.953), Ceará (53.073), Amazonas (43.195) e Pará (41.207). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Maranhão (36.625), Pernambuco (35.508), Bahia (21.430), Espírito Santo (15.151) e Paraíba (14.859).
Minas Gerais
Minas tem quase 11 mil casos confirmados de Covid-19, conforme boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (2). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 10.939 pacientes já foram infectados pelo novo coronavírus. Foram 269 novos diagnósticos nas últimas 24 horas.
Hoje, o Estado tem 289 óbitos – 11 a mais que ontem. O número, no entanto, pode aumentar ainda mais nos próximos dias. Segundo a SES, 195 mortes suspeitas pelo vírus seguem em investigação pelos órgãos de saúde.
Até o momento, a doença fez vítimas em 457 cidades mineiras e matou em 289 delas. Em Minas, a taxa do novo coronavírus está em 2,6%. Nesta terça, Belo Horizonte registrou a 51ª morte pela doença. No Estado, a capital é o epicentro da pandemia, com 1861 doentes.
‘É o destino de todo mundo’
Em mais uma infeliz declaração, o Presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta terça-feira (2), no Palácio da Alvorada, lamentar as mortes provocadas pelo coronavírus, mas afirmou que é “o destino de cada um”.
Bolsonaro deu a declaração em conversa com apoiadores que o aguardavam na portaria do palácio, residência oficial da Presidência.
Mencionando passagens da Bíblia, uma apoiadora religiosa pediu “uma palavra de conforto nessa hora”. “Pode ter fé e acreditar que a gente vai mudar o Brasil”, disse Bolsonaro.
A apoiadora então insistiu: “E para os enlutados, que são inúmeros, o que o senhor diria?”, indagou.
“Eu lamento todos os mortos, mas é o destino de todo mundo”, respondeu o presidente.
Declarações
Em 20 de abril, quando o país registrava mais de 2,5 mil mortes, Bolsonaro foi questionado a respeito e respondeu: “Ô, cara, quem fala de… Eu não sou coveiro, tá certo?”.
Em 28 de abril, o Brasil superou a China ao ultrapassar a marca de 5 mil mortos. Confrontado com a informação, Bolsonaro indagou: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”
No dia seguinte, o presidente disse que a cobrança sobre mortes por coronavírus tinha de ser feita a governadores e prefeitos. “O Supremo decidiu que quem decide essas questões [de combate ao coronavírus] são governadores e prefeitos. Então, cobrem deles. A minha opinião não vale”, declarou na ocasião.
Quando o Brasil atingiu 10 mil mortos, em 11 de maio, o presidente foi instado, também na portaria do Alvorada, a se pronunciar a respeito. “Olha, eu lamento cada morte que ocorre a cada hora. Lamento. Agora, o que nós podemos fazer, o que nós todos podemos fazer, é tratar com o devido zelo o recurso público”, respondeu.
Com informações da Agência Brasil e G1.
Foto: Silvia Izquierdo/AP