O ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos, estava a bordo de um navio humanitário interceptado por forças israelenses neste domingo (8), durante uma missão com destino à Faixa de Gaza. A embarcação transportava ajuda simbólica, como arroz e medicamentos, e contava com a presença de diversos voluntários internacionais, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg.
Ávila é conhecido por seu trabalho humanitário e mobilizações em países como Cuba, Bolívia e Líbano. Ele integra a coalizão internacional Freedom Flotilla Coalition, dedicada a levar ajuda à população palestina afetada pelo bloqueio em Gaza. Com ampla presença nas redes sociais, onde acumula mais de 750 mil seguidores, ele vinha documentando toda a jornada marítima.
Em publicações recentes, o ativista alertava sobre o risco de ação militar durante a missão. Em uma delas, escreveu: “Estamos prestes a ser atacados pelo mais cruel e odioso exército do mundo.” Após a interceptação do navio, familiares assumiram seus perfis nas redes sociais e divulgaram um vídeo gravado anteriormente por Ávila, em que ele declara: “Se você está assistindo a este vídeo, quer dizer que fui detido ou sequestrado por Israel ou outra força cúmplice no Mediterrâneo, em nosso caminho para a Faixa de Gaza.”
A esposa do ativista, Lara, fez um apelo público por apoio internacional para garantir sua libertação. O casal tem uma filha de um ano, chamada Teresa. A equipe de comunicação de Ávila classificou a ação militar como uma violação do direito marítimo e humanitário, exigindo a libertação imediata dos tripulantes e a entrega da ajuda humanitária à população de Gaza.
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