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Câmara de BH marca data para instalar nova CPI da Lagoa da Pampulha Após Justiça derrubar liminar da prefeitura, vereadores preparam novo comitê para investigar contratos de limpeza do espelho d’água.

21 de dezembro de 2023, 15h09 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) marcou, para esta sexta-feira (21), a reunião que vai instalar a nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Lagoa da Pampulha. Os vereadores vão definir o presidente do grupo e o relator da apuração. A abertura da CPI foi viabilizada por uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) divulgada nesta quinta-feira (20).

A ideia é utilizar a CPI para investigar contratos firmados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a limpeza do espelho d’água. A primeira comissão sobre o assunto, encerrada em julho, terminou sem a apresentação de um relatório a respeito da investigação.

Na prática, a decisão do TJMG derruba uma liminar obtida pela PBH no meio do ano a fim de barrar uma segunda CPI sobre o tema.

Na liminar de julho, o juiz Thiago Grazziane Gandra, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública Municipal da Comarca de Belo Horizonte, dizia que a criação de uma nova CPI com a mesma finalidade da anterior “parece funcionar como burla”.

No acórdão que valida a abertura de uma nova comissão de inquérito, porém, o desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, relator do caso, afirma não ver “óbice à instauração de nova CPI para apuração dos mesmos fatos já investigados em comissão já extinta”.

“Isso porque a norma inserta no art. 58, §3º, da Constituição da República de 1988 (CR/88) exige, para instauração do inquérito parlamentar, o preenchimento de apenas três requisitos, a saber: i) requerimento subscrito por 1/3 dos membros da Casa Parlamentar; ii) indicação de fato determinado a ser investigado; e iii) fixação de prazo certo para duração dos trabalhos. Assim, a imposição de outros pressupostos ao exercício dessa prerrogativa institucional, sem amparo da Constituição, caracteriza limitação ilegítima das atribuições do Poder Legislativo, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal”, lê-se em trecho do voto de Marcondes.

A Rádio Itatiaia solicitou, à prefeitura, um posicionamento a respeito da decisão judicial. Se houver resposta, este texto será atualizado.

Com informações da Rádio Itatiaia.
Foto: Virgílio Gruppi/ TV Globo.

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