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Campanha quer cortar dinheiro para aliados que “escondem” Bolsonaro Objetivo é conter traições e jogo duplo. A cobrança embute um sutil puxão de orelha em Ciro Nogueira, um dos chefes do comitê bolsonarista

11 de agosto de 2022, 11h32 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

O comando do comitê de Jair Bolsonaro quer que os partidos aliados reduzam os repasses de dinheiro para os seus candidatos que, nas campanhas regionais, não pedem votos para o presidente.

A ideia é que o Progressistas, o Republicanos e o próprio PL, partido de Bolsonaro, endureçam o jogo com os filiados que, nos estados, têm escondido Bolsonaro nas suas campanhas.

A decisão de “arrochar” os aliados foi tomada em uma reunião realizada nesta quarta-feira em Brasília, com participação do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e do senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente e chefe do núcleo político da campanha.

Trata-se de uma medida para tentar conter as traições e o jogo duplo na campanha. Quem não demonstrar engajamento e não desfiar argumentos a favor do voto em Bolsonaro passará a receber menos recursos dos partidos para tocar as campanhas, diz um integrante do comitê.

A avaliação reinante é a de que muitos políticos das três legendas – incluindo candidatos importantes a governador e aspirantes a vagas no Congresso Nacional – não têm mostrado qualquer empenho em favor da reeleição do presidente.

No entender da cúpula da campanha, o momento é crucial para Bolsonaro diminuir a desvantagem em relação a Lula e, por isso, é preciso que os partidos apertem a cobrança e façam os repasses das parcelas do fundo eleitoral e do que for arrecadado com doações a conta-gotas, de acordo com o nível de engajamento dos aliados.

Não é uma ordem fácil de ser executada, e as chances de haver estresse interno são enormes. A cobrança, por sinal, embute um delicado puxão de orelha no ministro Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, “dono” do Progressistas e um dos mais poderosos nomes do núcleo político da campanha.

Em privado, integrantes do comitê bolsonarista reclamam de que Ciro, um fiel escudeiro de Lula no passado, não tem se empenhado suficientemente para cabalar votos para Bolsonaro no Piauí, sua base eleitoral. Além disso, uma parcela dos políticos ligados a ele no estado faz campanha aberta para o presidenciável petista.

Um detalhe relevante: Ciro não estava na reunião em que a cúpula do comitê decidiu endurecer na cobrança aos aliados.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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