Por Itatiaia
Uma confusão motivada por questões políticas terminou com agressões, disparo de arma de fogo, um casal de policiais penais e outras pessoas encaminhadas para a delegacia de Lagoa Santa, na Grande BH. A ocorrência foi registrada na noite desse domingo (30), após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a Polícia Militar (PM), o casal de policiais achou que um grupo de evangélicos comemorava o resultado da eleição e iniciou a confusão, no bairro Por do Sol.
Conforme o boletim de ocorrência, cinco pessoas estavam indo para um monte orar quando passaram pela rua onde pessoas comemoravam a vitória de Lula, ouvindo música com o volume alto em um imóvel. Nesse momento, um outro morador saiu na rua e disse: “caso alguém estivesse comemorando a vitória de ‘Lula’ na porta da minha casa irei atirar. Além disso, falou para o grupo que eles “eram uns crentes de ‘merda’”.
Em seguida, ainda conforme o registro policial o homem retornou para dentro da casa e, depois disso, a mulher dele saiu armada, chamou os evangélicos de parasitas e mandou o grupo sair do local. Nesse momento, o companheiro dela voltou e iniciou as agressões físicas, dando início ao tumulto. Um dos evangélicos segurou a arma, que disparou acidentalmente. Na sequência, escondeu o revólver em uma mata.
Aos policiais, os evangélicos disseram que não tinham nenhuma relação com a comemoração que ocorria na residência vizinha e que o casal estava embriagado. Duas mulheres precisaram de atendimento médico.
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O casal disse à PM que saiu de casa por volta das 12h, mas levou as armas em razão do clima tenso das eleições. Os dois voltaram para casa após o resultado, ouviram pessoas comemorando e foram para rua ver.
O policial admitiu que xingou o grupo, dizendo que eles comemoravam a vitória de um bandido, o que gerou a confusão que terminou com agressões e disparo de arma de fogo acidental. O casal também confirmou que arma foi tomada pelos religiosos e disse agiu em legítima defesa.
Todos os envolvidos confirmaram que o disparo foi acidental. Eles concordaram em assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. O casal de policiais penais também precisou de atendimento médico.
Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e aguarda resposta.
Foto: Arquivo Itatiaia