Home Minas Gerais Caso Backer: PC confirma mais uma morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol

Caso Backer: PC confirma mais uma morte por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol João Roberto Borges, de 75 morreu na madrugada desta segunda-feira (3), no Hospital Madre Teresa, no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte.

3 de fevereiro de 2020, 10h27 | Por Lena Alves

by Lena Alves

A Polícia Civil confirmou, na manhã desta segunda-feira (3), a morte de mais uma pessoa internada por suspeita de intoxicação por dietilenoglicol relacionadas ao consumo de Backer em Minas Gerais. Agora, subiu para cinco os casos suspeitos. Um já foi confirmado.

João Roberto Borges, de 75 anos, estava no Hospital Madre Teresa, no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, e morreu nesta madrugada. Ele é um dos 30 pacientes que constam, até o momento no inquérito, como suspeitos de contaminação pelo dietilenoglicol e no boletim acompanhado pela Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Segundo a polícia, o corpo está sendo necropsiado no Instituto Médico Legal (IML) e ainda não há previsão para conclusão dos laudos.

Mortes

A Secretaria de Saúde do Estado investiga três mortes por suspeita de contaminação por dietilenoglicol em Minas Gerais; um caso já foi confirmado.

No total, cinco mortes podem estar relacionadas à intoxicação pela substância tóxica dietilenoglicol. A substância foi encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da Backer.

Foto: Douglas Magno/AFP

Um caso aconteceu em Pompéu, na Região Centro-Oeste do estado. Trata-se de uma mulher de 60 anos. Ela morreu de insuficiência renal no dia 28 de dezembro. O caso já havia sido notificado pela Secretaria Municipal da cidade e entrou no boletim da Secretaria de Estado da Saúde nesta quinta-feira (16).

De acordo com a SES, até o momento, um caso foi confirmado por intoxicação provocada pelo dietilenoglicol, substância tóxica usada em resfriamento de serpentinas. Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, morreu no mês passado no Hospital Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora, na Zona da Mata.

Ainda não há prazo para conclusão dos laudos referentes aos casos suspeitos.

A ligação entre a síndrome e a contaminação por dietilenoglicol é investigada pela Polícia Civil. Análises feitas pela perícia do Instituto de Criminalística da corporação apontaram a presença da substância em amostras da cerveja Belorizontina. Ela é tóxica e também foi encontrada em exames de sangue de quatro dos pacientes internados em Minas Gerais.

A Backer nega que usa o dietilenoglicol no processo de fabricação. Ele foi encontrado pelo Ministério da Agricultura em um tanque de fermentação e na água usada pela cervejaria.

Recomendação

Em decorrência das últimas evidências obtidas a recomendação vigente é de que, por precaução, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida. A SES-MG também orienta à população de Minas Gerais que caso tenha em sua residência cervejas de qualquer marca ou lote produzida pela Cervejaria Backer não a descarte em pias ou vasos sanitários, nem as coloque no lixo comum, pois outras pessoas podem pegar e consumir esses produtos. Estas cervejas devem ser identificadas com alguma inscrição do tipo: “Não ingerir. Produto impróprio para o consumo”, armazenadas separadamente dos demais alimentos até que você possa entregá-los nos pontos de recepção (Vigilância Sanitária de sua cidade, Núcleos Estaduais de Vigilâncias Sanitárias ou PROCONs).

Com: SES
Foto: Daniel Mansur/Studio Pixel

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