Por: Hoje em dia / Blog do Lindenberg
Não são poucas as críticas que se fazem ao centrão, cuja expressão maior é o presidente da Câmara, Arthur Lira, pela pressão que
faz contra a articulação política do governo. As críticas são as de sempre: demora na liberação das emendas parlamentares e na nomeação de indicados a cargos vagos, da falta de avisos do presidente às suas viagens aos redutos eleitorais dos deputados, enfim, as queixas podem até serem justas, mas a essa altura tentar uma reforma ministerial já pesa um pouco, ainda que seja para abrigar mais partidos.
Um desses partidos, para ficar num apenas, é o Republicanos, cuja ministra do Turismo estaria em perigo. Ela é esposa do prefeito de Belfort Roxo, Waguinho Carneiro, e estaria com o pescoço a prêmio, como titular do ministério do Turismo – Daniela Carneiro. Fontes do Palácio do Planalto dizem que o deputado federal, Daniel Sabino ( União-Brasil-PA), do União Brasil, estaria cotado para o lugar de Daniela. Mas nisso aí há também muita fofoca, porque o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), nega que tenha levado o nome de Sabino para o lugar de Daniela. Sobre essa situação, Waguinho afirmou na última quinta-feira ele e Daniela estão tranquilos e que não vai abandonar Lula por uma questão de ministério. “Na semana que vem vamos no encontrar com o presidente Lula e minha relação com o presidente vem de muito tempo e não vai ser por uma questão menor que vamos abandonar Lula”, teria dito Waguinho.
Não menos complicada é a situação do deputado estadual por Goiás ( União-Brasil) que disse num pronunciamento na Assembleia Legislativa que ele “deveria estar preso por ter financiado os acampamentos montados em frente aos quartéis do Exército após a eleição do presidente Lula. Ao responder ao deputado Mauro Rubem (PT), o deputado Amauri admitiu que “é um terrorista” e que ajudou a financiar o acampamento em Brasília com comida, água e dinheiro, portanto “sou um terrorista, sou um canalha”.
Trazendo o assunto para Minas Gerais, a minirreforma do prefeito Fuad Noman não ficará barato. A proposta já está em andamento na Câmara Municipal, meio na calada, e vai custar aos cofres públicos mais de 23 milhões de reais por ano à prefeitura de Belo Horizonte só com despesa de pessoal. Além da criação da secretaria de Administração, Logística e Patrimonial, a PBH já enviou para a Câmara Municipal outros dois projetos que preveem a instalação de uma secretaria de Segurança Alimentar além de uma dedicada à mobilidade urbana. Os projetos tramitam quase sob sigilo, basicamente sem produzir ruídos, e tudo indica que o objetivo de Fuad é aumentar a sua base na Câmara Municipal, já dividida de alguma forma com Marcelo Aro, que tomou uma parte do secretariado, mas a expectativa é que o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo ( sem partido), bote a boca no trombone já que o crescimento de Marcelo Aro não o deixa de ameaçar como líder absoluto na Câmara Municipal.
Por fim, o STF começou ontem a julgar quem poderia ser o substituto do ex-deputado Deltan Dallagnol ( ex-Podemos). Há uma boa chance de a vaga de Deltan possa ser ocupada por Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) embora para o TRE do Paraná a vaga deva ser ocupada por Itamar Paim (PL) , uma vez que nenhum outro candidato do Podemos atingiu 10 por cento do quociente eleitoral. A votação termina às 23h59 minutos dessa sexta-feira.
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