Por R7
Cerca de 28 milhões de pessoas já se vacinaram contra a covid-19 em 46 países, destacou nesta quarta-feira (13) o diretor de Emergências Sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan.
Em redes sociais, Ryan afirmou que cinco vacinas diferentes estão sendo usadas nessas campanhas: a desenvolvida por Pfizer e BioNTech, a da Moderna, a elaborada por Universidade de Oxford/AstraZeneca, a Sputnik V e a da Sinovac.
Ryan disse que apenas um dos 46 países que já iniciaram a vacinação pertence ao grupo de subdesenvolvidos (Guiné, que usa a vacina russa Sputnik V), motivo pelo qual voltou a pedir mais solidariedade aos países mais ricos.
“Há populações que querem e necessitam vacinas, mas não as conseguirão a menos que comecemos a compartilhar melhor”, destacou Ryan, pedindo doações dos países com grandes estoques de doses.
“Ao menos, deveríamos poder vacinar (nos países mais pobres) os trabalhadores sanitários e os mais vulneráveis”, comentou, lembrando que a OMS criou o programa Covax para levar doses a países em desenvolvimento para que a imunização não se limite aos mais ricos.
A população vacinada até agora representa 0,3% do total mundial, longe do mínimo de 70% que os cientistas acreditam ser necessário para conseguir certa imunidade de grupo.
Também é preciso levar em conta que entre os 28 milhões de vacinados há pessoas que só receberam até o momento uma das doses necessárias.
Países que mais vacinaram
Segundo os serviços de saúde nacionais, os países que mais vacinaram até agora são EUA e China (cerca de 9 milhões de pessoas cada), seguidos pelo Reino Unido (2,8 milhões).
Em seguida, com 1,9 milhão, está Israel, com o maior número de vacinações por habitante, já que cerca de um quinto da população teria recebido ao menos uma dose da vacina.
A lista continua com a Itália, com mais de 800 mil vacinados, Alemanha, com cerca de 700 mil, e Espanha, com 500 mil, de acordo com estatísticas dos respectivos ministérios da Saúde.
Situação no Brasil
O Brasil deve começar a sua campanha de vacinação ainda no mês de janeiro, mas ainda não há um calendário oficial.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu nesta quarta-feira (13) que serão distribuídas 8 milhões de doses desenvolvidas pela Universidade de Oxford/AstraZenca e pelo Instituto Butantan/Sinovac. O país ainda receberá nos próximos dias um lote de 2 milhões de doses produzidas pela AstraZenca que serão trazidas da Índia.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcou para domingo (17) a reunião da Diretoria Colegiada para dar os pareceres sobre os pedidos de uso emergencial das vacinas.
Foto: EFE/JOSÉ PAZOS/ARCHIVO