Os itens mais consumidos durante a Semana Santa apresentaram, em média, uma redução de 0,43% nos preços em relação ao mesmo período de 2024. No ano anterior, no entanto, a variação havia sido bem mais expressiva: alta de 20,2% frente à Páscoa de 2023.
As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (14) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre os 11 produtos analisados, cinco apresentaram queda de preços, enquanto seis registraram aumento. As maiores reduções foram observadas na batata-inglesa (-40,5%), cebola (-37,6%), tomate (-7,6%), arroz (-4,1%) e pescados (-0,2%). Por outro lado, os itens que mais encareceram foram o alho (26,3%), chocolates em barra e bombons (18,5%), chocolate em pó e achocolatado (15,1%), ovos de galinha (13,2%), azeitonas (13,2%) e azeite de oliva (12,6%).
Segundo a FecomercioSP, a valorização do chocolate está ligada, entre outros fatores, à quebra de safra em países produtores importantes no mercado global, como Gana, na África. Esse cenário contribuiu para a escalada dos preços da matéria-prima em nível internacional.
Apesar da alta em alguns produtos, a expectativa do setor para o desempenho das vendas no período é positiva. A entidade estima um crescimento de 5% no faturamento dos supermercados paulistas em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. “Essa projeção considera não apenas a Páscoa, mas também o ambiente econômico mais favorável, com mercado de trabalho aquecido, aumento da renda e maior oferta de crédito”, destacou a federação.
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