Por Metrópoles
A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou, nesta sexta-feira (17/2), a existência de uma investigação preliminar aberta para apurar a suspeita de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Há, de fato, uma investigação preliminar sumária em curso no âmbito da Corregedoria-Geral da União (CRG), iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz a nota.
O órgão informou, ainda, que a matéria foi submetida à avaliação da Consultoria Jurídica, que emitirá parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão, já que o caso é sigiloso.
Quebra de sigilo
Na quinta-feira (16/2), o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, informou que a CGU decidiu adiar a divulgação da quebra de sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro, para evitar cair em uma possível “armadilha”.
O colunista também já havia noticiado a expectativa do governo Lula de que a CGU autorizaria o Ministério da Saúde a fornecer os dados nesta sexta (17/2).
Em relação ao adiamento, a CGU disse que ainda não há uma definição sobre a quebra do sigilo sobre o cartão de vacinação de Bolsonaro, mas que a decisão deve ser tomada até o dia 13 de março.
“A equipe técnica da CGU tem se dedicado a analisar os 234 casos, e as decisões serão divulgadas ao longo das próximas semanas”, diz a nota do órgão.
Vacina de Bolsonaro
Em meio à pandemia de Covid-19, Bolsonaro se negou a tomar a vacina contra a doença. Ele realizou inúmeras viagens oficiais cumprindo medidas de distanciamento, mas alegava que não seria vacinado, e colocou em dúvida a segurança dos imunizantes disponíveis no sistema de saúde.
Entretanto, a superexposição de Bolsonaro também coloca em dúvida se ele estaria ou não vacinado contra o coronavírus, principalmente quando deixou o cargo. Hoje, ele está morando nos Estados Unidos, e o país exige a comprovação vacinal para o ingresso em seu território.
O caso das vacinas fez com que a divulgação de sua carteira de vacinação se tornasse promessa de campanha de Lula.
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles