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Cheque especial muda o formato de cobrança a partir desta segunda Regra entra em vigor apenas para as novas contas. Para clientes antigos, modelo passa a valer em junho

6 de janeiro de 2020, 11h07 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Quem for abrir uma conta corrente a partir desta segunda-feira (6), precisa ficar atento. A mudança de regras para os juros do cheque especial, estabelecida pelo Banco Central (BC) no ano passado, entra em vigor a partir de hoje para novas contas. Para clientes antigos, as regras passarão a valer a partir do dia 1º de junho.

A mudança prevê que os bancos poderão cobrar no máximo 8% ao mês de juros no cheque especial. Porém, permitirá que os bancos cobrem uma taxa de 0,25% ao mês sobre o limite disponível de crédito que exceder R$ 500. Por isso, quem não usa cheque especial precisa avisar aos bancos que não quer mais do que R$ 500 de limite.

Se o cliente tiver R$ 5.000 de limite disponível no cheque especial, por exemplo, pagará R$ 11,25 por mês (0,25% sobre R$ 4.500, que é o excedente ao mínimo de R$ 500 isentos de taxa).

O juro para quem usa cheque especial, porém, será menor. Em média, hoje, a taxa praticada pelos bancos é de 12% ao mês. O limite agora será de 8%.

Bancos como o Santander já passa a cobrar dos novos correntistas a tarifa mensal de 0,25% do valor do limite de crédito que exceder R$ 500. No ato da abertura da conta, o cliente pode solicitar o ajuste do limite do cheque especial para não ser tarifado. Isso também poderá ser feito através do aplicativo de celular. Em conformidade com a determinação do BC, a taxa será reduzida de 14,79% para 8%.

De olho na concorrência

O Bradesco só passará a cobrar a taxa a partir de junho, para novos e antigos clientes. Para alteração do limite, os correntistas deverão ir até a agência e solicitar mudança.

O Banco do Brasil, por sua vez, estenderá a isenção ao longo de todo ano.

O cliente do BB que desejar alterar a data de débito do juros, bem como realizar a contratação da linha, pode fazê-lo nos canais digitais, como site e aplicativo, na central de relacionamento e nas agências. No aplicativo do banco ainda é possível transferir limites entre cheque especial, cartão de crédito e empréstimo pessoal. Para alteração de outras condições do contrato, o banco orienta que o cliente entre em contato com sua agência.

O Itaú e a Caixa Econômica Federal informaram que não cobrarão a taxa sobre o limite de crédito neste primeiro momento, mas que, caso decidam pela tarifação, irão informar amplamente a medida.

Os clientes que desejarem reduzir ou cancelar o cheque especial devem, no caso do Itaú, acessar os canais de autoatendimento e, na Caixa, solicitar diretamente na agência.

A Caixa hoje cobra juros de 4,95% ao mês no cheque especial. A taxa do Itaú é de 12,48% e será reduzida para 8% como foi estipulado pelo BC.

Para o economista João Augusto Salles, a resistência dos grandes bancos a aderirem, em um primeiro momento, à nova tarifa sobre o limite de crédito é uma tentativa de não perder a competitividade.

Fonte: O Globo
Foto: Reprodução/Internet

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