A China decidiu intensificar suas medidas de retaliação comercial e elevou as tarifas aplicadas a produtos norte-americanos de 84% para 125%, conforme divulgado nesta sexta-feira (11) por meio de um comunicado oficial da Comissão Tarifária do Conselho de Estado.
Segundo uma nota do porta-voz do Ministério do Comércio, Pequim deu sinais de que não pretende ir além desse novo patamar tarifário sobre itens importados dos Estados Unidos.
“A sequência de aumentos excessivos de tarifas por parte dos EUA virou uma disputa puramente numérica, sem relevância econômica real. Isso apenas revela o uso recorrente de tarifas pelos americanos como ferramenta de intimidação e pressão, tornando-se motivo de escárnio”, afirmou o porta-voz.
Pronunciamento de Xi Jinping
Também nesta sexta-feira (11), o presidente chinês, Xi Jinping, fez sua primeira declaração pública sobre o agravamento das tensões comerciais com os Estados Unidos. Durante um encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Pequim, Xi afirmou que a China “não teme” o confronto.
“Uma guerra comercial não gera vencedores, e se opor ao mundo só resultará em isolamento”, disse o líder chinês, segundo a emissora estatal CCTV.
Xi ainda destacou que, ao longo de mais de sete décadas, o crescimento chinês foi sustentado por autossuficiência e esforço próprio, e não por favores externos. “A China não teme nenhuma repressão injusta”, reforçou.
“O cenário internacional pode mudar, mas a China continuará firme, confiante e comprometida em cuidar de seus próprios interesses com determinação”, concluiu o presidente.
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