Por Itatiaia
O envio da PEC que exclui a obrigatoriedade de referendo popular em projetos de privatização para a Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (21), gerou uma nova turbulência na relação entre deputados estaduais e o governo Zema.
Parlamentares contaram à coluna que boa parte dos acordos fechados e prometidos pelo Executivo às lideranças da Casa, feitos na época em que Igor Eto era secretário de Governo, ainda não foram cumpridos. E agora, com a chegada do projeto, os deputados se sentem pressionados a avaliar um texto polêmico e importante mesmo sem terem sido prestigiados pelos acordos feitos.
A coluna apurou que, por conta do clima azedo, dificilmente o projeto – ou qualquer outra proposição estratégica – será pautada.
A propósito, a relação entre deputados, inclusive de parte da base, e o governo já vinha estremecida por conta do envio de recursos do Estado para a construção e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS), anunciada no início desse mês. Na avaliação de parlamentares, a relação de indicações feitas pelos deputados foi “injusta”, prestigiando mais algumas cidades do que outras. Governador Valadares, por exemplo, recebeu sete destinações para UBS – número considerado exagerado até por lideranças da região.
Houve, ainda, casos de aliados do governo que se sentiram preteridos pelo governo. Em Santana do Paraíso, por exemplo, o Executivo destinou verbas para indicações de Celinho do Sinttrocel (PCdoB) mesmo com pedidos de Neilando Pimenta (PSB).
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