Home Comentários Comentário da Tarde

Comentário da Tarde

8 de julho de 2019, 16h32 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Datafolha mostra que país continua dividido em três

Essa pesquisa do Datafolha divulgada hoje traz uma certeza: Bolsonaro parece ter consolido sua posição dividindo o país em três partes: uma que o apoia, outra que o vê com desapreço e uma terceira que acha seu governo regular. Essa pesquisa praticamente repete a do IBOPE de poucos dias atrás, de forma que dá para concluir que o presidente Bolsonaro, que já dividira o país nas eleições, repete a performance ao mantê-lo dividido em três porções. Pelo Datafolha de ontem, 33 por cento consideram o governo ótimo/bom; 31 por cento o consideram regular e 33 por cento o acham ruim e péssimo. Dois por cento não responderam. A pesquisa foi feita nos dias 4 e 5 de julho em 130 cidades do país com entrevistados acima dos 16 anos e ouviu 2.080 pessoas. A margem de erro é de dois por cento.

Em abril, quando o Datafolha fez outra pesquisa, com a mesma amostragem, 32 por cento consideraram o governo Bolsonaro ótimo e bom; 33 o acharam regular e 30 por cento ruim e péssimo. Quatro por cento não responderam. A variação que houve aí foi dentro da margem de erro e estatisticamente não é representativa. A confiança no governo, porém, está caindo. Em relação à expectativa com o futuro do governo 51 por cento esperam que Bolsonaro faça um bom governo, senão ótimo. 21 apenas regular e 24 por cento péssimo. Antes da posse, 65 por cento esperavam que o governo de Bolsonaro fosse ótimo o bom; dezessete por cento regular e 12 por cento ruim ou péssimo.

O Datafolha perguntou ainda se os entrevistados acreditam que Bolsonaro age como um presidente deveria agir e o resultado foi o seguinte: 22 por cento acham que age, mas eram 27 por cento em abril; na maioria das ocasiões age como deveria agir um presidente para 28 por cento dos ouvidos – eram 27 por cento em abril. Em algumas ocasiões age como deveria, para 21 por cento – eram 20 por cento em abril e em nenhuma ocasião age como deveria agir um presidente para 25 por cento – eram 23 em abril. Em suma, Bolsonaro é o que é e não se desviou ainda do que se propôs quando fez a campanha sem qualquer debate, até por que a maior parte do tempo esteve hospitalizado. Conclui-se mais que Bolsonaro se não cresceu também não caiu o que significa que ele está sendo fiel ao seu público. E o país continua divido em três já que na eleição de 2018 houve 27,30 por cento de abstenções, 7,43 de votos nulos e 2,14 por cento de votos em branco.

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário