Por DCM
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, em reunião colegiada na última quarta-feira (27), abrir um processo de investigação ética contra Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Isso ocorre devido a alegações de que ele teria solicitado votos para o ex-mandatário nas redes sociais.
No dia 29 de outubro do ano passado, um sábado que precedeu o segundo turno das eleições, o então diretor-geral compartilhou uma mensagem em suas redes sociais pedindo apoio a Bolsonaro. No entanto, a publicação foi rapidamente removida e não estava mais disponível em suas redes no dia das eleições.
O ex-agente federal passou a ser alvo de críticas de diferentes órgãos e setores políticos após operações da PRF durante a segunda etapa do último pleito. Silvinei teria promovido a realização de blitze na região nordeste do Brasil, afim de boicotar a ida de eleitores em potencial do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A operação que prendeu Silvinei foi batizada pela Polícia Federal (PF) de “Constituição Cidadã”, em referência à Carta Magna que foi promulgada em 1988 e garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto.
O ex-chefe da PRF está sob prisão desde 9 de agosto. Aqueles próximos a ele relataram que o policial rodoviário perdeu 12 quilos durante esse período devido a questões emocionais e problemas de imunidade.
Familiares e amigos de Silvinei passaram a usar as redes sociais do bolsonarista para fazer uma “vaquinha”. O valor arrecadado, segundo o post, tem sido usado para custear despesas da defesa do Vasques, como a viagem de seus advogados a Brasília.
“Silvinei Vasques já emagreceu 12 quilos dada a dificuldade de alimentação por sua grave condição de saúde, principalmente pelo fato de ser celíaco”, diz um trecho do post. “Despesas básicas como passagens aéreas e hospedagens de advogados, que somente possuem acesso ao processo pessoalmente em Brasília, são custeados com doações”.
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