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Comunidades rejeitam mineração no Norte de Minas Governo assinou protocolo de intenções relacionado a empreendimento que poderia impactar povos tradicionais na região.

16 de dezembro de 2019, 18h33 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Pessoas que já não dormem com medo de perder suas casas e seu modo de produção, sua identidade e seu território. Relatos nesse sentido foram feitos à Comissão de Direitos Humanos nesta segunda-feira (16/12/19) por movimentos sociais e moradores do Norte de Minas, diante da perspectiva de instalação de empreendimento minerário de grande porte nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho.

Com motes como “mineração, aqui não”, eles participaram de nova audiência sobre o assunto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na qual se referiram ao negócio como “projeto de morte” e reivindicaram a suspensão imediata de qualquer processo de licenciamento da atividade.

O empreendimento prevê a construção de mineroduto e de barragem de rejeitos pela Sul Americana de Metais (SAM) e seria 100 vezes maior do que o de Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), ameaçando 70 nascentes e 11 comunidades tradicionais geraizeiras, em uma região que já sofre com a seca.

Adaptados às características do cerrado do Norte de Minas, de onde tiram o que é necessário para sua sobrevivência, os geraizeiros são populações tradicionais com meios próprios de vida, por meio da criação de animais, plantações, extrativismo de frutos e a agricultura familiar.

Fonte: ALMG
Foto: Flavia Bernardo

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