Por Metrópoles
Ao celebrar a aprovação da medida provisória que redesenhou a Esplanada dos Ministérios às vésperas do texto perder a validade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) valorizou, nesta quinta-feira (1º/6), o papel do Congresso Nacional na governança do país.
“Nós, neste governo, respeitamos o Congresso Nacional e achamos que o Congresso não deve ser submisso ao governo”, disse o presidente. “Eles não têm que aprovar o que eu quero, eles têm obrigação de aprovar aquilo que eles entendem que precisa ser aprovado”, continuou Lula, que se envolveu diretamente na articulação pela aprovação do texto na Câmara e orientou seu governo a liberar R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares no dia da votação.
A fala de Lula ocorreu em entrevista coletiva após reunião bilateral e almoço com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, no Palácio Itamaraty, em Brasília, a sede do Ministério das Relações Exteriores (imagem em destaque).
Lula provocou ainda quem colocou em dúvida a aprovação da MP. “Quando a gente fala demais, a gente pode queimar a língua. E ontem eu fiquei surpreso como a votação foi tratada: inúmeros meios de comunicação passaram para a sociedade a ideia de que o governo estava destruído e ia ser massacrado, que o Congresso não ia aprovar. A partir das 18h, todos aqueles que falaram de massacre e da destruição começaram a falar de vitória do governo”, disse o presidente.
“É preciso compreender a natureza da política. A política não é ciência exata, como 2 + 2, a ciência muda de acordo com discussão, muda de acordo com o comportamento dos partidos. E foi o que aconteceu ontem, conseguimos aprovar a organização do governo com muito mais votos do que gente esperava. E será assim em outras votações”, concluiu Lula.
Indicação de Zanin ao STF
No mesmo evento, Lula confirmou a indicação de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para ocupar cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acho que todo mundo esperava que eu indicasse o Zanin”, disse o petista, ao ser questionado por jornalistas durante evento no Palácio Itamaraty.
“Não só pelo papel que teve na minha defesa, mas porque acho que se transformará em um grande ministro da Suprema Corte. Eu conheço as qualidades dele como advogado, qualidades dele como chefe de família e conheço a formação do Zanin. Ele será excepcional ministro se for aprovado pelo Senado e acredito que será. E acho que Brasil vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Suprema Corte”, concluiu o presidente.
Foto: Ricardo Stuckert/PR