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Conselho Municipal de Saúde de BH recomenda à Prefeitura lockdown imediato da capital Belo Horizonte está com 87% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 ocupados.

3 de julho de 2020, 15h54 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

Em função da ocupação recorde dos leitos de enfermaria e de CTI destinados aos pacientes com Covid-19, que se aproximam da taxa de 100%, o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMSBH) enviou nesta sexta-feira (3), ao prefeito da cidade, Alexandre Kalil, e ao secretário de Saúde Municipal, Jackson Machado, uma recomendação para que seja decretado imediatamente o lockdown em Belo Horizonte.

Segundo o Boletim Epidemiológico da PBH publicado nessa quinta-feira (2), a ocupação dos leitos de CTI está em 87%, mesmo com a abertura de mais 30 leitos entre segunda e quinta-feira, e a ocupação dos leitos de enfermaria chegou em 73%. A nota do CMSBH informou que ambos indicadores são considerados “vermelhos” pelos critérios do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus em BH e, portanto, configuram-se indicações técnicas para o lockdown. Somam-se a esses fatores a evidente operação em sobrecarga do SAMU e das UPAs em BH que aumentam o risco de mortes de usuários atendidos.

A recomendação feita ao prefeito está em acordo com a Resolução 465/20, aprovada pelo plenário do CMSBH, com participação de usuários do SUS, trabalhadores e gestores – incluindo diretores de importantes hospitais da Capital. Essa resolução também reivindicou à PBH aumentar o número de leitos em hospitais públicos e, se necessário, comprar leitos de CTI em hospitais privados da cidade – medidas já adotadas pela Prefeitura. Além disso, segundo o Conselho, a mesma resolução solicitou a abertura imediata do Hospital de Campanha do Governo Estadual, o que ainda não ocorreu.

Ainda segundo o CMSBH, apesar de ser uma medida drástica, é a alternativa mais adequada para reduzir a taxa de ocupação tanto nos leitos de CTI e quanto de enfermaria, e evitar, assim, a morte por desassistência de usuários e usuários do SUS na capital mineira.

Foto: Divulgação/Federaminas

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