A votação do pedido de impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, acontecerá neste sábado (7/12), segundo anúncio feito pela oposição nesta quinta-feira (5/12). O processo foi aberto após Yoon ter decretado lei marcial pela primeira vez desde a democratização do país em 1987 e, após pressão do Parlamento e da população, recuar.
A lei marcial substitui a legislação normal por leis militares, amplia o poder do Executivo, fecha o Parlamento e limita o acesso aos direitos civis.
Apesar do decreto presidencial ter sido emitido, a reação dos parlamentares e dos cidadãos sul-coreanos foi tão intensa que, em poucas horas, o presidente teve que revogá-lo.
No entanto, nenhuma pressão parece afetar a decisão do presidente Yoon Suk Yeol, que é ex-procurador responsável por apurar os escândalos de corrupção que derrubaram a presidente Park Geun-hye (2013-2017).
A oposição se mostra confiante da aprovação do pedido de impeachment, visto que há apoio mesmo dentro do partido do presidente, o Poder Popular.
O Partido do Poder Popular buscou ao máximo se distanciar da medida e está dividido em meio à crise gerada por Yoon. Alguns parlamentares disseram que apoiariam o impeachment, mas o partido em si disse que se oporia.
Choo Kyung-ho, líder da bancada parlamentar da sigla, disse que trabalhará para derrubar o pedido e afirmou que isso não significa “defender a lei marcial inconstitucional do presidente”.
Não se sabe qual será o resultado da votação deste sábado, mas a oposição tem quase dois terços dos assentos na Assembleia. No entanto, para aprovar o impeachment é necesário que pelo menos oito dos 108 parlamentares do partido governista votem.
Com informações do Metrópoles.
Foto: Kim Hong-Ji – Pool/Getty Images.