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Coronavírus: Brasil não tem casos registrados da doença e caso suspeito em MG não se enquadra, diz Ministério da Saúde Nesta quarta o Governo de Minas através da SES disse que primeiro caso suspeito de coronavírus em Belo Horizonte era investigado.

22 de janeiro de 2020, 17h06 | Por Lena Alves

by Lena Alves

Após a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informar de suspeita de coronavírus em Belo Horizonte, o Ministério da Saúde divulgou em nota na tarde desta quarta-feira (22), que o caso investigado pelas autoridades não se enquadra na definição de suspeita da doença.

Segundo a pasta, até a tarde de hoje, não há detecção de nenhum caso no Brasil de “Pneumonia Indeterminada” relacionado ao evento na China.

Caso em BH

A SES-MG publicou nesta quarta-feira que investiga suspeita de coronavírus em Belo Horizonte. A vítima, uma mulher de 35 anos esteve em Xangai, na China. A paciente com suspeita da doença, está internada no Hospital Eduardo de Menezes, na região do Barreiro, da capital.  A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) que confirmou á suspeita, falou das medidas assistenciais para redução de risco de transmissão tomadas na prevenção.

Os exames capazes de confirmar ou descartar a hipótese da doença na mulher estão em andamento em laboratórios de referência.

A Organização Mundial de Saúde informou que reunirá nesta quarta para decidir se o surto deve ser considerado uma “emergência de saúde pública internacional”.

Sintomas

Os sinais e sintomas da pneumonia indeterminada são principalmente febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltração pulmonar.
Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas.

1) Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
2) Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
3) Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas e criações.

CoV

Os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Segundo informações divulgadas pelo Centro de Controle de Doenças Americano (CDC) e Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades chinesas relataram que um novo coronavírus (nCoV) foi identificado no país. Atualmente são 300 casos confirmados na China.

Casos da doença já foram registrados em Macau, na costa sul chinesa, e em vários outros países. Além da China, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul já foram afetados pelo vírus, que provoca um tipo de pneumonia. Há casos suspeitos no México, em Hong Kong, nas Filipinas e na Austrália.

Veja a nota do Ministério da Saúde na íntegra

O Ministério da Saúde informa que, até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito, no Brasil, de Pneumonia Indeterminada relacionado ao evento na China.

O caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan.

A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019.

O Governo Federal brasileiro adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China. Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela OMS; a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.

Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas. Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Foto: Jason Lee/Reuters

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