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Covid-19: mortes no Brasil passam de 37 mil após controvérsia sobre dados Nos últimos dias, o Ministério da Saúde fez mudanças no formato e no horário do balanço. Novos números passaram a ser alvo de dúvidas e devem ser acompanhados por especialistas e autoridades que criticaram as mudanças recentes.

8 de junho de 2020, 20h10 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Brasil tem 37.134 mortes e 707.412 casos de Covid-19 desde a chegada do novo coronavírus ao país, segundo dados nacionais compilados até esta segunda-feira (8). Nas últimas 24 horas foram confirmadas 679 novas mortes pela Covid-19 no país. No mesmo período, foram registrados 15.654 novos casos de infecção pelo novo coronavírus.

Os dados são do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) — a entidade criou uma plataforma para registrar os dados sobre o coronavírus no país, após o ministério ter passado a divulgar os números por volta das 22h, na semana passada.

Os estados com mais mortes acumuladas no Brasil são: São Paulo (9.188), Rio de Janeiro (6.781), Ceará (4.120), Pará (3.772) e Amazonas (2.271).

Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde, que desde a semana passada começou a divulgar o número próximo às 22h, divulgou os dados às 19h. A retomada do antigo horário de divulgação dos dados acontece após sucessivas críticas à postura da pasta em relação ao atraso na divulgação dos números.

No domingo (7), o governo Jair Bolsonaro divulgou dois dados diferentes sobre o novo coronavírus. Às 20h30, o Ministério da Saúde soltou um boletim com 1.382 mortes e 12.581 casos novos nas últimas 24 horas. Mas uma hora e meia depois, disse que os números corretos eram 525 mortes e 18.912 casos novos.

O Ministério da Saúde justificou o caso somente no início da tarde desta segunda-feira. Por meio de nota, a pasta disse que divulgou números errados sobre o novo coronavírus, na noite de domingo, em decorrência de falhas na contabilização em diversos estados, principalmente os dados de mortes em Roraima e de casos no Ceará.

Inicialmente, havia sido divulgado que foram registrados 762 óbitos em Roraima no domingo. No entanto, o número consolidado foi corrigido posteriormente para 142.

Já o aumento de números de casos na segunda versão divulgada dos dados, segundo o ministério, também ocorreu em decorrência de falhas na primeira versão divulgada na noite de domingo. Os casos no Ceará, por exemplo, tiveram aumento de quase 2 mil, quando comparados aos dados divulgados no mesmo dia.

As falhas em números de mortes mortes e casos, nos dados divulgados no domingo, também podem ser notadas em outros diversos estados, em comparativo entre as duas versões divulgadas pelo ministério. Na Bahia, por exemplo, a primeira versão apontava 1.092 mortes, enquanto a segunda mostrou que foram 879. Os dados são baseados em levantamentos das secretarias estaduais, informou o Ministério da Saúde.

Nos últimos dias, o Ministério mudou o formato do balanço e foi criticado por autoridades e especialistas. Entre quarta e sábado, o governo atrasou a divulgação de balanços da Covid-19: antes publicado às 19h, passou para entre 21h30 e 22h.

Além de alterar o horário, o Ministério da Saúde omitiu informações como o total consolidado de casos e o de mortes. Por fim, na noite de domingo, a pasta ainda apresentou números divergentes para 25 estados, e somente na tarde desta segunda esclareceu o erro.

Minas Gerais

De acordo com o último boletim epidemiológico da SES, divulgado nesta segunda-feira, MG tem 15.883 casos confirmados de coronavírus. O número de mortos pela Covid-19 chegou a 380 no estado.

Em Belo Horizonte, são 59 óbitos. Outras 209 vítimas estão com as mortes em investigação. Foram 180 novos casos da doença no estado em relação à véspera. Segundo o balanço da SES desta segunda-feira, foram feitos 25.280 testes para a doença até o momento.

O balanço de hoje também informa que 6.857 pacientes se recuperaram da doença no estado desde o início da pandemia, 2.193 ficaram internados em hospitais e 8.149 ficaram em isolamento domiciliar.

A SES parou de divulgar o número de casos suspeitos da doença que, segundo dados mais recentes, passava de 101 mil.

Com informações do G1 e BBC Brasil.
Foto: Shutterstock

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