Por Metrópoles
Em uma segunda declaração nesta segunda-feira (3/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender a vacinação infantil contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A promessa é que a campanha seja iniciada na segunda quinzena de janeiro.
“Todos os pais e mães que quiserem vacinar seus filhos, terá vacina. A partir de 10 de janeiro começa a chegar doses. Temos doses suficientes”, frisou, na sede do Ministério da Saúde.
Na terça-feira (4/1), o Ministério da Saúde realizará audiência pública sobre o tema. “Vamos esperar a opinião dos especialistas. Estamos num país democrático, por isso esse assunto virou a ordem do dia”, considerou o ministro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação da vacina da Pfizer em crianças. Segundo a equipe técnica da agência, as informações avaliadas indicam que o imunizante é seguro e eficaz para o público infantil.
A vacina para crianças tem dosagem e composição diferentes daquela utilizada para os maiores de 12 anos. A formulação da vacina para crianças será aplicada em duas doses de 0,2 mL, com pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses.
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. Para os maiores de 12 anos, o imunizante, que é aplicado em doses de 0,3 mL, tem a tampa de cor roxa.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a imunização infantil e defende a exigência de prescrição médica para a aplicação do imunizante em crianças. Na contramão, ao menos 20 estados já descartaram a medida.
Queiroga salientou que os estados deverão cumprir as determinações da Anvisa e seguir os parâmetros indicados pelo Ministério da Saúde.
Antes da distribuição das doses para essa faixa etária, as vacinas deverão se inspecionadas pela Anvisa, passar por controle de qualidade, até a liberação.
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles