Home Covid-19 CPI ouve nesta quinta-feira, o empresário Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante de empresa que diz ter recebido pedido de propina

CPI ouve nesta quinta-feira, o empresário Luiz Paulo Dominghetti Pereira, representante de empresa que diz ter recebido pedido de propina Cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Dominghetti afirma ter recebido pedido de propina de representante do Ministério da Saúde para conseguir vender doses da vacina AstraZeneca. O depoimento dele na comissão seria na sexta, mas foi antecipado para hoje.

1 de julho de 2021, 10h33 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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A CPI da Pandemia ouve nesta quinta-feira (1º),  o depoimento do representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira,  que denunciou  à Folha de S. Paulo  ter recebido  pedido de propina de US$ 1 por dose, em troca de assinar contrato de venda de vacinas AstraZeneca com o Ministério da Saúde.

“O depoimento de Luiz Paulo Dominguetti Pereira a esta CPI é imperioso e imprescindível para o desenrolar da fase instrutória e, obviamente, para o futuro deslinde das investigações”, justifica o senador Renan Calheiros (MDB-AL),relator da CPI.

Domingueti que também é cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, afirma ter recebido pedido de propina de representante do Ministério da Saúde para conseguir vender doses da vacina AstraZeneca. O depoimento dele na  CPI da Pandemia, que seria na sexta-feira (2), foi antecipado para hoje, às 10h, conforme anúncio feito pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) nas redes sociais.

Foto: reprodução/ Agência Senado

A Polícia Militar de Minas Gerais informou que Luiz Paulo Dominguetti Pereira, autor da denúncia de cobrança de propina no Ministério da Saúde, é integrante da força no estado e atualmente está lotado no batalhão da cidade de Alfenas, no Sul de Minas. A informação foi publicada pelo portal G1.

Segundo o portal, depois que a denúncia veio a público, a PM de Minas instaurou relatório de investigação preliminar para apurar se a conduta dele fere o código de ética e disciplina da instituição.

Ainda segundo a PM, no ano passado, Dominghetti trabalhou no gabinete militar do governo do estado, mas foi afastado da função por não corresponder ao perfil necessário de atuação no órgão.

Os senadores do colegiado apuram uma propina que teria sido pedida pelo ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado ontem pelo Ministério da Saúde.

A compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca pelo ministério geraria um montante ilícito de R$ 2 bilhões.

Depoimentos

O empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos, que estava previsto para falar à CPI na reunião de hoje, teve a convocação adiada, sem nova data.

Segundo as investigações, a Precisa é responsável por um contrato com o Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin, que também está sendo investigado pela CPI depois das denúncias feitas no depoimento dos irmãos Luis Miranda e Luis Ricardo Miranda.

Na quarta-feira foram aprovados tambem, requerimentos de informações ao Ministério da Saúde ligadas à empresa Davati Medical Supply, assim como da própria empresa.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) afirmou que a AstraZeneca desmentiu ter intermediários no Brasil.
— O governo não coaduna com qualquer tipo de irregularidade e exonerou Roberto Dias para facilitar as apurações. Não queremos a politização dessa apuração — expôs Bezerra.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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