Por Itatiaia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para investigar os gastos públicos e as medidas de enfrentamento à covid-19 da prefeitura, será composta, em maioria, por membros da oposição de Alexandre Kalil (PSD). Conforme informação divulgada em primeira mão pela jornalista Edilene Lopes, da Rádio Itatiaia, serão cinco oposicionistas e dois da base do prefeito. Juliano Lopes (PTC) deve ser o presidente.
A criação da CPI foi feita após a assinatura de 14 vereadores (um terço dos membros da CMBH). O documento foi enviado à presidente Nely Aquino (Pode) na última segunda-feira (10). Os parlamentares questionam o que consideram “falta de embasamento científico” nas restrições de funcionamento do comércio na capital como forma de evitar mortes pela covid-19.
O grupo também alega que houve “falta de informações precisas e transparentes sobre a destinação dos recursos originados do governo federal e estadual”. Por isso, pretendem “fiscalizar a regularidade das contratações e gastos realizados pela prefeitura durante o período de calamidade pública”.
A CPI terá 120 dias para convocar gestores e pessoas relevantes às investigações. Oitivas, audiências públicas e visitas técnicas podem ser realizadas. Há, também, a possibilidade de pedido de prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias.
Depois de nomeados, os membros da CPI realizam a primeira reunião, quando serão eleitos presidente e relator, este responsável pela elaboração do parecer final, reunindo documentos, impressões e conclusões sobre o que foi apurado.
Assinaram o requerimento para criação da CPI: Nikolas Ferreira (PRTB), Braulio Lara (Novo), Ciro Pereira (PTB), Fernanda Pereira Altoé (Novo), Flávia Borja (Avante), José Ferreira (PP), Marcela Trópia (Novo), Marilda Portela (Cidadania), Professor Juliano Lopes (PTC), Professora Marli (PP), Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), Rubão (PP), Wesley (Pros) e Wilsinho da Tabu (PP).
Foto: Karoline Barreto