Home Covid-19 CPI: Requerimento de reconvocação de Pazuello e Queiroga será votado nesta quarta-feira pela comissão

CPI: Requerimento de reconvocação de Pazuello e Queiroga será votado nesta quarta-feira pela comissão Já Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República será convocado para explicar sobre suposto envolvimento em 'ministério paralelo’ da Saúde.

26 de maio de 2021, 06h35 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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A comissão da  CPI da Pandemia deve votar nesta quarta-feira (26) convites para nova reconvocação dos ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. A votação inclui também o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub e depoimentos de governadores e prefeitos. A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), após a reunião na noite de ontem (25). De acordo com o presidente, a convocação dos governadores não representa uma mudança de estratégia ou de rumo na investigação, apenas o cumprimento de uma cronologia que já havia sido acertada.

“Vamos convocar o segundo escalão do Ministério da Saúde todo. Além do doutor Élcio [Franco], tem outras pessoas também. O Arthur [Weintraub], que apareceu num vídeo no site [Metrópoles]. Será reconvocado o [Marcelo] Queiroga e o [Eduardo] Pazuello”, declarou Aziz.

Ha uma semana, o ex-ministro Pazuello fez o seu depoimento á CPI em dois dias,  quarta (19/5) e quinta-feira com  diversas contradições.  No último domingo, ele participou de um ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com motociclistas no Rio de Janeiro. Ambos não usaram  máscaras e causaram muita  aglomeração.

“As mentiras estão aparecendo. Não sou eu que estou dizendo. Se ele [Pazuello] vier sem habeas corpus, não será igual à outra vez. Não seremos desmoralizados”, disse Aziz.

Já Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência da República, será chamado. Ele
aparece em um vídeo com indícios de ter coordenado um grupo de aconselhamento paralelo president durante a fase crescente e agravante da pandemia da Covid-19. O material foi divulgado pelo portal Metrópoles.

Capitã Cloroquina

“Como uma técnica com esta formação não identifica que haveria falta de oxigênio?”, questionou o senador Eduardo Braga. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro,  prestou depoimento á CPI nessa terça por mais  seis horas . Conhecida como “Capitã Cloroquina”, em sua fala, por diversas vezes  ela defendeu  o uso da cloroquina e admitiu que o Ministério da Saúde orientou o uso do medicamento no combate ao coronavírus.

A cloroquina, tradicionalmente usada em casos de malária, já teve a ineficácia para tratamento de Covid cientificamente comprovada. Entidades médicas, entre as quais a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Infectologia, desaconselham a adoção do medicamento.

Mayra Pinheiro, que é pediatra, fez críticas à OMS, dizendo que a organização já fez recomendações “condenáveis” e “falhas”. Segundo ela, os países – e o Brasil – não são obrigados a seguir as orientações da entidade.

A nona depoente do colegiado segue  à frente da Secretaria de Gestão do Trabalho, no qual é  responsável pela qualificação e capacitação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a secretária entrou em contradição e mentiu à comissão.  (Veja o vídeo abaixo).

Antes dela, os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimento.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

 

Foto: Agência Senado

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