Por Minas1
Vereador e candidato a deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Chico Alencar recebeu ameaça de morte enviada por um bolsonarista nas redes sociais. Na mensagem enviada no direct do Instagram, o suspeito, identificado como Vinicius Melo, diz saber onde o parlamentar mora e que irá mandar alguém assassiná-lo.
“Vou mandar matar você. Sei onde você mora”, escreveu Vinicius.
Em sua página no Instagram, Vinicius Melo se identifica como “patriota”, “pró Bolsonaro” e a favor do armamento. Entre suas publicações há críticas ao comunismo, à esquerda e em defesa do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Após receber a ameaça, Chico Alencar notificou a Procuradoria da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que pediu ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) e a Polícia Civil para investigar o caso. Conforme a assessoria do vereador, já foi feito um registro de ocorrência na DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática).
Nas redes sociais, o PSOL carioca demonstrou apoio ao vereador, classificou a ameaça como “bárbara e absurda”, e exigiu que seja realizada uma investigação porque “ameaças como esta não podem ser toleradas”.
“Estamos com você, Chico! Em plenas eleições, a violência política contra a esquerda aumenta e ameaças como esta não podem ser toleradas. Exigimos investigações, isso precisa parar! Toda nossa solidariedade e carinho ao Chico Alencar diante dessa ameaça bárbara e absurda”, disse o partido.
CLIMA DE VIOLÊNCIA NAS ELEIÇÕES
Vários casos de violência têm sido registrados durante o período eleitoral e preocupa quanto a segurança dos eleitores. Ontem, a janela de um prédio no Recife que tinha a bandeira do PT foi atingida por tiros.
Para o Partido dos Trabalhadores, esse tipo de comportamento é uma “clara tentativa de intimidação aos que apoiam a democracia e querem um país melhor para todos os brasileiros”, e exigiu “uma investigação séria e célere do ato e que os responsáveis sejam punidos”.
Na terça-feira (20), um pesquisador do instituto Datafolha foi agredido com chutes e socos por um bolsonarista em Ariranha, no interior de São Paulo. O pesquisador entrevistava uma pessoa, quando o agressor, identificado como Rafael Bianchini, se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido para o levantamento. “Só pega Lula” e “vagabundo” foram termos gritados pelo bolsonarista no meio da rua.
No começo do mês, um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto por um apoiador de Jair Bolsonaro após uma discussão em Confresa, na zona rural de Mato Grosso.
A Polícia Civil de Mato Grosso informou que Benedito dos Santos foi assassinado a golpes de faca e machado por Rafael de Oliveira, após uma discussão política entre ambos na zona rural de Confresa, no Nordeste do Estado, descambar para a briga na noite de 7 de setembro. O suspeito foi preso.
Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda, apoiador do PT e de Lula, foi morto pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, enquanto celebra o aniversário de 50 anos ao lado de familiares e amigos, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Foto: Wikimedia Commons