A pandemia do novo coronavírus tem levado especialistas e cientistas em busca de respostas, e isso também tem apontado descobertas interessantes. Uma recente pesquisa publicada na revista JAMA Ophthalmology, revelou que pessoas usuárias de óculos têm uma probabilidade cinco vezes menor de ser diagnosticada com Covid-19, em comparação com a população em geral. “Aos poucos a medicina está fazendo novas descobertas em relação ao novo coronavírus. Na oftalmologia, sabemos desde o início da importância dos cuidados com os olhos a fim de evitar a contaminação pela Covid-19”, informa o oftalmologista Leonardo Gontijo, diretor do Instituto de Olhos Minas Gerais.
Além das mucosas da boca e do nariz, os olhos também podem transmitir o novo coronavírus que pode estar no canal lacrimal. Por isso é tão necessário não levar as mãos aos olhos e lavá-las sempre; além disso, é importante que profissionais da saúde usem proteção ocular. No caso de quem usa óculos de grau ou escuros, é importante lembrar de higienizá-los quando chegar em casa.
De acordo com o estudo publicado na revista JAMA Ophthalmology, usar óculos diariamente pode reduzir o risco de contrair o novo coronavírus. A pesquisa concluiu que quem usa óculos todos os dias, corre um risco 5,4 vezes menor de contrair a doença. O estudo foi feito por pesquisadores do Segundo Hospital Afiliado da Universidade de Nanchang, na China.
De acordo com os autores da pesquisa, a principal hipótese para chegar a esse resultado é que as armações dos óculos ‘impedem ou desencorajam os usuários de tocarem nos olhos, evitando assim a transferência do vírus das mãos para os olhos’.
“Qualquer modelo de óculos pode ser uma barreira contra a Covid-19. Há óculos especiais que vedam totalmente a entrada do ar para os olhos e devem ser usados pelas equipes de tratamento intensivo ou alto risco de contágio. Um modelo simples de óculos pode ajudar e evitar a chegada frontal de perdigotos expelidos por uma pessoa próxima. Os óculos devem ser lavados com frequência, assim como se troca ou lava as máscaras”, resume o especialista Leonardo Gontijo.
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