O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, reconheceu nesta segunda-feira que não conhece os técnicos responsáveis pela elaboração de seu plano de governo. Ele também revelou que o documento que deve apresentar as propostas de sua candidatura para a cidade mais rica da América Latina foi feito “em cima da hora”.
“A nossa campanha começou tardia”, iniciou Datena. “Eu tive contato duas vezes com esses técnicos, com as pessoas que estão fechando o plano de governo, porque foi tudo feito em cima da hora. É mais fácil você perguntar para o José Aníbal (candidato a vice na chapa). São técnicos notáveis, que conhecem tudo de suas áreas, mas eu não guardei o nome das pessoas que estavam ali”.
A campanha do candidato não designou representantes para duas sabatinas temáticas organizadas pela rádio CBN. Em uma delas, onde houve um representante indicado pelo partido, o engenheiro Paulo Lourenço foi repreendido por Datena devido a suas declarações sobre a ampliação do número de radares de trânsito na cidade. O candidato afirmou que “não foi consultado” por seus aliados sobre o tema, declarou ser contrário ao que chama de “indústria da multa” e enfatizou que sua campanha não pode ter vozes “antagônicas”.
Em sua primeira eleição, após desistir de quatro candidaturas, Datena não garantiu que seu nome estará nas urnas em outubro — o prazo para registro de candidaturas vai até quinta-feira.
“Se o eleitor confiar que eu vou até o fim, eu vou até o fim. Se eu tiver motivos… isso, naturalmente… cada situação é uma situação. O partido está me dando apoio”, disse o apresentador. “Apesar de ter suas correntes contrárias, com o apoio que tenho, com a condição que tenho, sem gastar muito, sem fazer campanhas milionárias, espero que o povo confie que eu vá até o fim. E pediria que as pesquisas parassem com essa história de ‘se o Datena desistir’. Espera eu desistir, pô”.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
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