São Paulo – O candidato pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena pediu desculpas por ter “perdido a cabeça” com Pablo Marçal (PRTB) durante o debate desse domingo (1º/9), na TV Gazeta. Também disse que não tem sangue de barata e afirmou que o influencer é “psicopata ou sei lá o quê”.
Nesse domingo, o apresentador da TV Bandeirantes chegou a deixar seu púlpito e ir em direção a Marçal em meio a uma troca de ofensas e acusações. A mediação do debate pediu, inclusive, a presença da segurança para evitar que a situação resultasse em agressões físicas, o que não chegou a acontecer.
A declaração de Datena foi dada nesta segunda-feira (2/9) após caminhada na região de comércio popular da Penha, na zona leste da capital paulista. “Ninguém tem sangue de barata para aguentar isso. Esse cara tem que ser parado pelas leis do debate”, disse o candidato do PSDB, que afirmou também que os encontros entre os candidatos têm sido um show de horrores e que as regras não estão sendo obedecidas.
“Peço desculpas até porque perdi a cabeça em determinado momento, mas ninguém aguenta ficar sendo xingado a todo intervalo ou, mesmo quando outro candidato está falando, o cara fazendo mímica para tirar a sua atenção. É um chute na democracia”, afirmou.
Datena disse que, desde o primeiro debate, alertou para a estratégia de Marçal, que seria a de chegar aos encontros já predisposto a gerar cortes para a internet. “Ou ele é psicopata ou sei lá o que é esse cara. Mas ele foge de todos os padrões do que representa você respeitar o principal ator de uma eleição, que é o eleitor. Não é nem o partido, nem o candidato”, afirmou.
O apresentador licenciado da TV Bandeirantes disse que Marçal ofende os demais candidatos para ver “se cada um sai do seu quadrado”. “Infelizmente, eu fui até o máximo, mas, até ali, ele estava deturpando o debate para fugir dos ataques de que ele, ou seu entorno, tem ligação direta com o PCC. Para fugir desses ataques, ele tenta te tirar do sério.”
Datena afirmou que as regras precisam ser respeitadas e disse não esperar que Marçal “tome jeito”.
Crime organizado
O tucano também citou a denúncia de que um banco virtual teria dinheiro para apoiar campanhas de candidatos do Primeiro Comando da Capital (PCC). “Estamos virando uma nova Colômbia. Em 1982, o Pablo Escobar foi eleito suplente de legislador e entrava e saía do Congresso como queria. Por sinal, nós temos um candidato chamado Pablo aqui”, disse.
“Não podemos permitir que o Brasil vire a Colômbia de ontem ou o Equador de hoje. Bandido não vai mandar nesta cidade, que é a maior do país, e nem no país. Temos que nos indignar cada vez mais, sob pena de sermos mortos por esses canalhas”, afirmou.
Com informações do Metrópoles.
Foto: William Cardoso/Metrópoles.